sexta-feira, 8 de maio de 2020

A CRÔNICA DA CIDADE: FIM DE LINHA

                  Souza Andrade
A CRÔNICA DA CIDADE: fim de linha

Tempos difíceis para o prefeito de Jequié. Novas acusações pesam contra a gestão municipal. Sérgio da Gameleira está na berlinda. Já não falta quem diga que está cada vez mais insustentável a permanência dele no cargo de prefeito da cidade. Como se não bastasse a Ação Civil Pública do Ministério Público por Ato de Improbidade Administrativa em relação a falta de repasses regulares ao Iprej; como se não bastasse as denúncias outrora protocoladas no Ministério Público Federal e na Polícia Federal, ontem, duas derrotas extremamente significativas, ambas no âmbito do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia.
No bojo dessas saraivada de denúncias, os conselheiros do TCM, apontando irregularidades, mantiveram a rejeição das contas da Prefeitura referente ao exercício financeiro de 2017, justamente a primeira da atual administração. Essas contas haviam sido rejeitas em novembro do ano passado. Foi feito pedido de reconsideração, porém, não conseguiu reverter.  
Outro duro golpe foi a notícia, também oriunda do Tribunal de Contas dos Municípios tomada ontem. Depois de uma auditoria feita no transporte escolar em 2018, a qual aponta irregularidades, sendo determinada várias punições. Nesse caso, cabe recurso.          
Problema pouco é besteira. Sérgio da Gameleira enfrenta ainda outra situação nada confortável: o isolamento político. Nos últimos dias, perdeu o apoio de dois vereadores: Ivan do Leite e Adriano Guião. Os dois afirmam que suas decisões são definitivas, isto é, não tem retorno. Argumentam que, a essa altura, seria um suicídio político dar um passo atrás em uma deliberação tão importante para o futuro deles em ano eleitoral.
Soma-se a tudo isso, o fato de Sérgio da Gameleira já não contar com o apoio de parcela significativa da população. A gestão municipal é mal avaliada. Já tem quem a considere pior que o desastroso governo de sua antecessora Tânia Brito, do qual fez parte na condição de vice-prefeito. Mas nada acontece por acaso. Da administração sobra-se legados. E não é só isso. Estamos diante da única prefeitura da região que não consegue manter com seus compromissos em dia. Fornecedores, prestadores de servidores, nem mesmo o sagrado direito ao salário o funcionalismo tem direito de receber dentro do prazo legal.  
Pois bem. Sérgio foi eleito para um mandato de janeiro de 2017 a 31 de dezembro 2020, contudo, ao que parece, o prazo de validade está expirando antes da hora. (Souza Andrade – jornalista e radialista – em 08 de maio de 2020).  (Jequié e Região)

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