sábado, 12 de outubro de 2019

O Piquenique

J. B. Pessoa

Capítulo - 05 do livro “Guris e Gibis”.

Nos domingos de sol, a garotada Jequieense costumava ir ao Rio das Contas, para tomar banho em suas águas cristalinas e bater uma boa pelada nas areias limpas e macias daquele esplêndido flúmen. Tomar banho de rio, era a recreação predileta das camadas pobres da cidade e a turma da Siqueira Campos aproveitava a oportunidade para dar asas à imaginação, fazendo de conta que, os bosques, situados em suas margens, fossem selvas africanas e que, as pequenas dunas, formadas pelas areias do rio, fossem os grandes desertos árabes. Brincar de artista era o termo usado pelos garotos, para fantasiar situações, as quais eles viam nos filmes de aventuras, dos cinemas da cidade.
Johnny acordou bem cedo naquele domingo e, após o desjejum, foi encontrar seus novos amigos, que o esperavam debaixo da grande mangueira. Naquela manhã, o sol brilhava radiante, prometendo um dia maravilhoso para aquela molecada, cuja riqueza maior era uma invejável alegria de viver. Era início de fevereiro e, naquele ano, as cheias do rio foram menores do que as anteriores, ocasionando uma vazante precoce, levando o seu leito a ter uma correnteza normal, a qual possibilitava canoas singrarem em suas águas sem perigo. Nessa época era grande o numero de embarcações, que transitavam constantemente pelo rio, trazendo e levando mercadorias, que negociavam na cidade e povoados ribeirinhos.
Os garotos decidiram partir para mais uma aventura naquele balneário natural, pois almejavam batizar Johnny The Kid em suas águas. O ritual era ingênuo e simples, mas, na imaginação prodigiosa da meninada, aquele ato acriançado transformava o batizando como verdadeiro amigo e irmão de sua confraria. Logo após a decisão tomada, quando todos estavam de partida para o rio, apareceu, subitamente, junto aos garotos, um negrinho da Lagoa Dourada que, numa agitação anormal, disse ofegante:
- Turma!... Porcino mandou chamar vocês para um piquenique na Provisão, onde vai ter muita comida de graça!
Era José da Silva Santos, conhecido por todos como Mamãe Eu Quero. O garoto continuou o seu recado, dizendo com ansiedade:
- Ele está esperando a gente no Bar Maringá, onde está parado o caminhão de Seu Serra Azul, que vai dar carona pra gente! Pediu pra gente ir depressa, senão o homem vai embora!
- Que piquenique é esse? – Perguntou Géo, interessado na noticia, pois não perdia nenhuma festa, que tivesse comida de graça.
- Não sei não! Só sei que é de graça! – Respondeu o garoto, recuperando o fôlego.
Johnny interveio na conversa, dizendo:
- Ah, eu estou sabendo! Meu pai me disse que o doutor Lomanto Junior vai dar uma festa na Fazenda Provisão, para lançar o doutor Ademar Nunes Vieira, seu candidato à sucessão municipal! O que eu não sabia, era que ia ser hoje!
- O que é que estamos esperando, macacadas?... Sebo nas canelas! – Gritou Géo, saindo em disparada em direção ao Largo do Maringá, sendo acompanhado por Mamãe Eu Quero, o qual alertou aos amigos:
- Seu Serra Azul só espera dez minutos!
Nêgo, Mipai e Pé de Pata correram atrás dos dois, sendo seguidos por Johnny e Edgar e em menos de três minutos a turma estava em frente do caminhão.
Tõe Pocino recebeu a turma numa grande animação, dizendo:
- Puxa a vida pessoal, eu pensei que vocês não iam chegar a tempo. O caminhão vai sair, agorinha mesmo! Se vocês não chegassem na hora, eu não ia sozinho!
- Nem eu! Olha quem está em cima do caminhão! - Observou Mamãe Eu Quero, o qual era o menor garoto da turma, com seus nove anos de idade.
Johnny olhou para cima e viu três garotos mal encarados, que observavam os seus amigos, de maneira debochada. Edgar subiu sozinho na carroçaria do caminhão, a qual carregava muita gente e aproximou-se deles, perguntando com tranqüilidade:
- Como serão as coisas, malandros?!... Guerra ou paz?
- Paz, meu camarada! Hoje é dia de festa! – Respondeu com cinismo, um garoto branco de treze anos, o qual chefiava sua turma. Um cafuzo de cabelos lisos, que o acompanhava, completou:
- A gente não é besta não! A Provisão está cheio de guardas!
- Tudo bem! - Respondeu Edgar, que completou:
- A gente só quer se divertir! –
Edgar deu sinal e sua turma subiu no caminhão, o qual partiu numa boa velocidade. Depois, chamando Johnny à parte, o garoto explicou em seguida:
- Esses sujeitos são encrenqueiros! Moram na Rua Caixa D água! O escuro é Bem-te-vi, um ladrão de galinhas, que já foi preso e tomou uma dúzia de “bolos” do delegado Quixadá. Aquele caboclo forte se chama Biza. Não é gente ruim, não! É trabalhador, um bom ajudante de pedreiro, mas é meio “lélé da cuca” e bate forte pra porra!
Johnny deu uma olhada de relance para o rapazola e comentou admirado:
- Puxa a vida, o cara é bem forte!
Edgar concordou com o amigo e continuou:
- Já briguei com ele e perdi a briga! Mas não tenho medo do sacana não! Apesar de ser baixo e ter cara de menino, dizem que tem dezoito anos! Aliás, foi a única briga que perdi na vida, e é por isso ando doido pra perder a cisma dele!
Johnny tratou de apaziguar o amigo, dizendo com sabedoria:
- Perder uma batalha não significa perder uma guerra!
Edgar alardeou com bravata:
- Se ele se meter a besta comigo de novo, a coisa vai ser diferente! – Depois chamando o amigo à surdina, disse-lhe em tom conspiratório:
- Agora, meu camarada, aquele branco ali, magro que nem um tuberculoso é o Alcides Zoião. Dizem que é de família boa, mas o sacana é ruim pra porra e já matou um a facadas!
- Puxa a vida!... Um assassino?! – Exclamou Johnny, temeroso.
- É o que o povo diz. Só sei que ele tem um canivete bonito, daqueles que a gente vê nos filmes. Desses que se aperta um botão e a lamina sai pra fora! – Explicou Edgar.
Na verdade nenhum dos três morava no lugar onde o trem parava para receber água. Biza residia num subúrbio chamado Bariri. Era alfabetizado, lia e escrevia muito bem e era bom em contas. Trabalhava como ajudante de seu pai, que era um excelente pedreiro. Não se sabe como, uma febre tenebrosa quase o matou, deixando sequelas, que afetou o seu comportamento. Seu nome era José Cosme Pereira. Tinha dezesseis anos e era realmente forte. Alcides Ribeiro de Souza morava no centro da cidade. Era um menino problemático, cujos pais não lhe davam uma assistência necessária. Além de ser rebelde, tinha sido expulso de sua escola, por intriga de uma assessora escolar. O episodio da briga de facas foi apenas uma brincadeira irresponsável de meninos, que terminou em um acidente. Poderia ter sido fatal, se o próprio Alcides não tivesse dado socorro ao companheiro, que ficou alguns dias, sob observação, no hospital regional. Quanto a Bem-te-vi, esse era um infeliz menino de rua, que perdeu o pai aos dois anos de idade e a mãe aos nove. Ele se chamava Edson Ribeiro da Silva. Foi expulso de sua casa pelo padrasto, o qual usurpou a propriedade, que por direito lhe pertencia, como herança natural paterna. Em certa ocasião, o garoto foi preso e seviciado pela guarda municipal, acusado de ter roubado uma galinha assada, em um restaurante do centro da cidade. Os três pertenciam a um grupo de garotos, que moravam nas adjacências da Rua Caixa D’água, os quais se reuniam numa venda, onde jogavam sinuca, tornando-se o ponto de encontro dessa famosa turma de brigões.
O caminhão entrou no Jequiezinho e parou nas imediações do Estádio de Futebol Aníbal Brito, para pegar mais gente. Na porta de um estabelecimento denominado Copacabana Bar estava estacionada uma caçamba da prefeitura, cheia de garotos, que faziam uma grande algazarra, deixando furioso, o motorista, que ameaçava suspender a carroçaria e jogar ao solo, toda a meninada. Alcides, de cima do caminhão, escarnecia daquela turma, gritando:
- É isso aí motorista!... Jogue essa cambada de índios no lixo!
- Manda jogar a tua mãe, que é puta velha do Maracujá, seu sacana! – Gritava do outro carro, um famoso arruaceiro local, de quinze anos, chamado Galeno Conde, que chefiava a turma mais endiabrada do Jequiezinho.
Alcides, morrendo de rir, provocando ainda mais o rapazola, gritou:
- Cala a boca veado, que teu pai é corno!... Todo garanhão da cidade já comeu tua mãe!
O outro devolvia a provocação com mais impropérios, seguidos das vaias dos dois grupos. O dono do caminhão saiu da boleia, muito zangado com a baderna, ameaçou expulsar todo mundo do seu carro se a turma não parasse com aquela gritaria. A garotada ficou em silêncio, pois se perdesse aquela carona, dificilmente arranjaria outra naquele momento. O Senhor Serra Azul entrou no carro e dirigiu-se diretamente ao seu destino. Mipai, muito preocupado, chamou Edgar e disse:
- Meu camarada, isso aí vai dar um rolo danado!
- E daí?... Vamos sair de baixo que não temos nada a ver com isso! – Respondeu Edgar, que acrescentou:
- Eles têm uma rixa antiga e, ademais, às turmas do Jequiezinho estão em paz com as do Joaquim Romão. Acertamos isso no mês passado, quando a gente tomava banho no poço Panela!
Pé de Pata também estava preocupado, pois sabia que todas as turmas daquele bairro eram unidas, quando se tratava de confronto com as outras turmas da cidade.
Johnny, que era novato naquele meio e nunca havia se envolvido em brigas, ficou com receio, que pudesse acontecer alguma coisa mais grave. Preocupado com isso, questionou aos amigos:
- Puxa turma!... Não seria melhor a gente ter ido tomar banho no rio?
Géo protestou com veemência:
- E perder a boca livre?!... Eu soube que o prefeito mandou matar cinco bois para o churrasco!
Tõe Porcino tranquilizou o garoto:
- Não tenha medo Johnny! Você ta com a gente e ninguém se mete a besta com a turma mais “arretada” do Joaquim Romão.
O garoto ficou aliviado com a confiança dos amigos e, além disso, queria conhecer o famoso balneário da cidade. Tõe Porcino estava exultante com o acontecimento e com a comilança que imaginava encontrar
O caminhão, que era velho, reduziu a velocidade ao subir numa ladeira. Nesse momento foi ultrapassado pela caçamba da prefeitura que tinha sido adquirida recentemente. O resultado disso foi à poeira que encobriu o carro por alguns segundos, ouvindo ainda os desaforos e vaias dos meninos do outro veículo.
- Vão comer poeira turma de sacanas!
O caminhão seguiu o seu rumo e em um dado momento entrou numa estrada secundaria, parando logo depois. Alcides, Biza e bem-te-vi foram os primeiros a pular do carro, sendo seguidos pelos demais. A turma ficou sem compreender aquela situação, quando o motorista explicou:
A carona é até aqui! O Seu Serra Azul vai para a fazenda dele e vocês vão caminhar até a Provisão, que é perto daqui! – E, aparentando indiferença, fez um pequeno bico com seus lábios, apontando com eles a direção a seguir:
- É ali mesmo!... Pertinho, pertinho!
O motorista deu partida no carro e seguiu viagem. Edgar virou para Mamãe eu Quero com raiva e, antes que pudesse dizer alguma coisa, ouviu a gargalhada de Alcides, caçoando da turma, dizendo:
- É só caminhar três quilômetros pela estrada quente, seus bestas!
- Não tem importância nenhuma, pois o piquenique vale à pena! - Disse Porcino com convicção.
- Que piquenique?! - Perguntou Alcides com escárnio:
Bem-te-vi, rindo muito da ingenuidade dos garotos, acrescentou:
- É de eraque!... Eu também caí nessa!... Foi sacanagem do motorista, que fez onda com a minha cara. Só fiquei sabendo, que não tinha porcaria de piquenique nenhum, quando a gente parou no Jequiézinho.
Biza, notando a decepção dos garotos, que via ruir todo um programa de comilanças gratuitas, disse querendo dar um pouco de animação:
- Eu vim pelas mangas, goiabas e seriguelas maravilhosas da Provisão!

Porcino não se conformava com aquilo. Quis culpar o primo pela mentira que divulgou, apesar da confirmação de que todos foram caçoados pelo motorista gozador. Mipai, Nêgo e Pé de Pata lamentavam o fato de não terem ido para o rio e Géo estava aborrecido pela caminhada que era obrigado a fazer. A maioria dos garotos estava descalça e naquele momento o cascalho quente começava a arder com o sol do verão e, além disso, não tinham preparado uma cesta de alimentos para o almoço, confiando apenas nas comidas que a festa poderia oferecer. Alcides seguiu a pé com seus amigos deixando a turma inconformada, querendo achar um culpado para aquela confusão. Johnny sentou-se de cócoras e, abonando o prejuízo, acabou se conformado com a situação. Com seu otimismo natural, tratou de animar a sua turma com brincadeiras que despertavam neles uma vigorosa reação. Lembrou que seu pai sempre lhe dizia que tudo na vida tinha uma razão de ser e que, muitas vezes, o inesperado supera as expectativas de um plano previamente elaborado. Pensando dessa maneira, usando ditos e expressões populares, bem ao gosto da meninada, disse sorrindo:
- “O que não tem remédio, remediado está” e “vamos pra frente que atrás vem gente”!
Porcino, que gostava de frases feitas, disse tentando animar a si mesmo:
- “Não adianta chorar pelo leite derramado!”
- “Vamos para frente e para o alto!” – Completou Mipai, que tinha ouvido a frase no rádio, pronunciado por um político qualquer.
Edgar sugeriu a turma para ir correndo, numa espécie de exercício físico, para dar a impressão que a turma estava a pé por opção individual. Os garotos acataram a decisão e reverteu a situação desfavorável para algo mais proveitoso. Como tinham uma imaginação prodigiosa para criar entretenimentos momentâneos, correram todos juntos, como se fossem verdadeiros atletas, ultrapassando o pessoal do caminhão que juntos caminhavam pela estrada. Depois de alguns minutos os meninos chegaram a Provisão, bastante exaustos. Um dos banhistas ao ver a chegada dos garotos muito suados, perguntou:
- Puxa turma! Vocês vieram da cidade até aqui a pé?!
- Claro! A gente veio batendo um “individual”, pra ficar mais forte! – Respondeu Tõe Porcino, dissimulando a contrariedade.
A Provisão estava repleta de pessoas naquele domingo. Apesar de não haver nenhuma comemoração regrada de comidas e bebidas, o dia foi bastante proveitoso para a turma. Ficaram horas a fio nadando na piscina e pulando do trampolim. Havia várias moças e rapazes naquele local e o bar da fazenda estava abarrotado de jovens, que ao som de um violão, faziam coro aos lançamentos musicais para o próximo carnaval. Johnny observava tudo àquilo com a curiosidade natural de um menino na puberdade. Nunca tinha visto uma moça em trajes de banho e ficou encantado com uma garota de quinze anos, trajando um maiô amarelo. Ele já a tinha visto na casa paroquial, quando declamava um belo poema, trajando vestes de ninfa da mitologia grega. Agora, ali na piscina, ela se destacava perante outras moças bonitas da cidade, sendo assediada, gentilmente, pelos rapazes que freqüentava o famoso balneário. Havia muita gente com seus piqueniques particulares. Às treze horas, quando a fome apertou a turma, a solução veio das mangueiras cobertas das suculentas frutas e, mais tarde, Edgar apareceu com uma grande jaca mole e fez a festa entre a meninada faminta do Joaquim
Romão. Johnny, que não apreciava essas frutas, ficou algum tempo de estomago vazio. Sua sorte aparece, quando um rapaz, de 21 anos, primo de Pé de Pata, chamado Antenor Guedes da Silva, que estava acompanhado da namorada, convida a turma para um almoço, a base de sanduíches de sardinha e guaraná. Naquele momento, o garoto que detestava sardinhas em conservas, deixou a fome falar mais alto e se serviu delas, que se transformaram em deliciosas iguarias. Mais tarde a turma foi passear pelo bosque, que rodeia o balneário e tomaram banho numa pequena cascata de um rio, que alimentava a grande piscina da fazenda, a qual recebia água corrente desse pequeno rio. Era um lugar muito bonito, cheio de árvores, água, e grandes rochas, que inspirou a turma brincar de Tarzan e outros heróis da selva. Os garotos ficaram muito tempo nesse entretenimento que não viram o tempo passar. Era mais cinco horas da tarde, quando Antenor que tinha prometido carona à turma, chama a meninada e todo mundo pula em cima da carroçaria do seu caminhão numa grande algazarra. Nesse momento chega Alcides, Biza e Bem-Te-Vi e sobem também no caminhão, acompanhados de Jaleno Conde e outros garotos do Jequiézinho. Galeno e Alcides conversavam animadamente, um com o outro, como se fossem amigos inseparáveis. Edgar ficou surpreso com aquela cena, pois a turma da Caixa D água sempre foi inimiga da turma de Galeno e, naquela mesma manhã, eles haviam trocado farpas, uns com os outros, aparecendo agora, naquela amizade toda. O garoto curioso, perguntou:
- O que aconteceu com vocês?
- Ih meu camarada! Um cara de Jitauna se meteu a besta com Galeno e rolou a maior briga! Galeno encheu a cara do sacana de porradas! Aí, o filho de um vereador de lá, tomou as dores do sujeito e chamou uns caras para bater em Galeno! A gente não gostou da situação! Fundamos dentro deles e distribuímos porradas a torto e direito. Botamos pra correr aqueles tabaréus e agora eles foram atrás dos guardas para pegar a gente. Nós vimos vocês e corremos aqui, para o caminhão!
- Deixe com a gente!... Se eles se atreverem a vir até aqui vão se arrepender de terem nascidos! – Afirmou Edgar com bravata, sendo apoiado pelo resto da turma.
Nesse momento os garotos avistaram o filho do vereador de Jitauna com uma turma de guardas municipais procurando os atrevidos que o havia surrado. Pé de Pata chamou o primo e explicou a situação, pedindo que ele partisse dali, sem demora. Antenor deu partida em seu caminhão, deixando a turma aliviada e os furiosos surrados clamando por vingança.
Eram quase seis horas da tarde quando a turma deixou a Provisão. A meninada veio alegre, cantando os lançamentos musicais que seriam tocados no carnaval daquele ano. Edgar estava satisfeito em ver três turmas rivais no mesmo local sem nenhum antagonismo. Mipai e Alcides ficaram de encontrar Galeno, em outra oportunidade, para elaborarem um torneio de futebol juvenil que englobasse todas as turmas da cidade. Como o ano que corria era de eleições, o negócio era apelar para os políticos da terra, para adquirir ajuda financeira.
Antenor levou a turma até a casa de Pé de Pata e depois seguiu com seu caminhão. Os garotos ficaram algum tempo conversando e marcaram para o próximo domingo um piquenique no Rio de Contas. Johnny seguiu contente para sua casa. Apesar de não ter acontecido nenhuma festa, o dia foi bastante
interessante para ele. Chegando a sua casa tomou um bom banho e depois do jantar foi dormir pensando no inicio das aulas, que aconteceria depois do carnaval.

Nenhum comentário:

Postar um comentário