MOGA NETO
Poesia são como filhas minhas
Que todo pai ao mundo doa
De asas frágeis se eleva e voa
Beijando flores ou acendendo amores
Revive saudades ou ameniza dores.
São águias noturnas, lanças aladas
Flechas certeiras que vêm do nada
Atingem a gente, e nos atordoam
Nos derrubam à terra, mas não nos magoam
São grilhões etéreos, mas não aferroam.
Frágeis garças que da pena fogem
Alcançam o mundo, buscam liberdade
Pai é doar, é amar de verdade
Escondo a tristeza, finjo não sentir,
Querendo que fiquem, deixo-as partir.
* A poesia foi editada no livro "Sinto Muito Tua Falta" - III Concurso Literário da ALJ - Prêmio Eusínio Soares de Literatura Brasileira.
* Moisés Elpídio de Almeida Neto,
chamado Moga Neto, é baiano de Conceição de Feira, onde nasceu em 18/10/1939.
Funcionário aposentado da Coelba, é técnico em eletrônica (Escola de Engenharia
Eletromecânica da Bahia) e administrador de Empresas (Universidade Católica do
Salvador). Escreveu o romance Ás Margens do Umburana. Participou da coletânea
Cem anos de poesia e prosa (1997), edição da Academia de Letras de Jequié, da
qual é membro.
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