Comemorar a extração do fruto e
fortalecer as ações de sustentabilidade do Médio Rio das Contas e
Sudoeste, a partir das ações de convivência com o semiárido, respeitando
a sociobiodiversidade da caatinga. Esse foi o objetivo do 11º Festival
de Umbu do município de Manoel Vitorino, encerrado no final de semana e
que reuniu milhares de agricultores familiares da região. O umbuzeiro
foi denominado pelo escritor Euclides da Cunha como a árvore sagrada do
sertão e a Bahia é responsável por 80% da produção de umbu do país,
sendo que boa parte desse percentual é cultivada no município de Manoel
Vitorino. Em época de boa colheita, a cidade chega a produzir cinco mil
toneladas de umbu por ano. O secretário de Desenvolvimento Rural da
Bahia, Jerônimo Rodrigues, que representou o governador Rui Costa na
abertura do evento, destacou que o desafio do governo é fazer com que as
famílias envolvidas nesse tipo de projeto tenham autonomia. ”Queremos fortalecer os instrumentos para que elas andem sozinhas”.
A intenção é ampliar esse tipo de projeto para garantir aos produtores
renda, responsabilidade ambiental, inclusão produtiva e ajude o
município a obter mais impostos. ”Essa edição da festa do umbu ecoa e traduz isso”.
Secretário visitou a unidade da agroindústria de umbu/Secom
O evento cumpriu também a missão de dar
visibilidade ao trabalho realizado pela Cooperativa de Produção e
Comercialização da Agricultura Familiar do Sudoeste da Bahia (Cooproaf),
apoiada pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), que
agora está vinculada a SDR, e que desde 2011 vem apoiando as atividades
produtivas da agricultura familiar. ”Esse tipo de evento reforça a importância que o município tem na produção do fruto do sertão”,
enfatizou o técnico da CAR especializado em umbu, Egnaldo Gomes,
considerando o festival como “um momento de confraternização, formação
dos agricultores e troca de experiências” . O público pôde se deliciar
com as diferentes iguarias produzidas como doces, geleias, sorvetes,
sucos, compotas, rocambole, pastéis, bolos, tortas, entre outras
guloseimas feitas com o umbu. Para a presidente da Cooproaf, Elenita
Maria Silva, o festival colabora na divulgação dos produtos da
cooperativa. Ӄ uma oportunidade que temos de fazer com que nosso
trabalho fique mais conhecido. A expectativa é o aumento das vendas e
que possamos fornecer mais produtos, além do ‘nego-bom’, para a merenda
escolar”. Na programação do evento constaram ainda oficinas e
exposições com temas diversos, como ‘Projeto Umbu da Gente: Valorizando
pessoas e o meio ambiente’ e ‘Comercialização em rede’, recital de
poesias e apresentações de música nordestina e regional e shows
culturais. (Marcos Frahm)
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