terça-feira, 16 de março de 2021

PAEZ FOI AO JOGO, ELE FOI VER SEU TIME.


O Treinador Raul Alberto de Paez, mesmo depois de ser dispensado no meio da semana, pelos dirigentes Edmundo Portugal e João Guimarães, por não aceitar “intromissão no meu trabalho”, esteve ontem, à tarde, na Fonte Nova, oportunidade de “prestigiar os meus jogadores” revendo o seu ex-time vencer o Botafogo.

Chegou até esquecer as mágoas. Durante o jogo por exemplo, vibrou sentado, no segundo tempo na arquibancada, a cada trama do ataque, cada defesa do goleiro Adilson e na frente aos gols de Dilermando e Gajé.

Trabalhei toda a semana para ver a equipe e estou bem feliz com este resultado.

O time jogou bem – do goleiro ao ponta esquerda, equipe que soube aproveitar as falhas adversárias, mereceu até um resultado melhor, um placar mais dilatado.

Somente não entendeu até agora, a sua saída do time que vinha realizando um bom trabalho, bastante modesto e sem estrutura administrativa como aconteceu no coletivo de sexta-feira, realizado no campinho da Graça contra o Vitória.

Muito decepcionado, com poucas palavras, Paez analisou sua atuação no Leônico.

- Deixei o cargo de treinador, porque não aceito e nunca aceitarei intromissões no meu trabalho. Edmundo Portugal, dirigente do clube, no meio do coletivo de sexta-feira, contra o Vitória, veio me pedir para colocar o seu sobrinho Wilson, em campo. Recusei a solicitação do cartolinha e terminei dispensado.

Paez acredita q1ue fez um bom trabalho no Leônico e que certamente não faltará clube para treinar. O importante é não ter que deixar o futebol baiano, onde criou um bom ambiente e fez grandes amizades.

- Só não quero é sair da Bahia.

Enquanto Paez conversava com a TRIBUNA ontem, à tarde, na Fonte Nova, seus ex-jogadores mostravam um bom futebol, tocando bem a bola e se fazendo presentes, a todos instante, na área do Botafogo. O primeiro gol do Leônico poderia ter acontecido aos 15 minutos do primeiro tempo, quando Aurelino cabeceou na trave, após uma excelente cobrança de falta do lateral direito Carlinhos.

Além de contar com muita sorte, o Botafogo tinha um bom goleiro e, que aos 17 minutos, fez uma defesa sensacional, espalmando, para escanteio, um chute de Dilermando de fora da área.

E, o Leônico atacava, chutava em gol e o placar continuava o mesmo: 0 a 0. Até que Luizinho, apanhando um lançamento de Aurelino, correu até a linha de fundo e driblou Vieira. Num toque preciso, deixou a bola para Dilermando que, de primeira, colocou a bola no canto esquerdo do goleiro Tico. Finalmente o azar abandonava o time do Leônico.

Para a etapa complementar, esperava-se um Botafogo mais agressivo tentando aproveitar os arremessos violentos de Miltinho em busca do empate. Mas, nada disso aconteceu. O técnico Velha tirou Gildinho que era o melhor homem em campo, ao lado de Afonsinho, e colocou Melosa um jogador lento, pesado e superado. As coisas pioraram e o Leônico chegou ao segundo gol, através de uma cabeçada de Gajé, aos 14 minutos da segunda fase.

Clinamulte França, o juiz da partida, tendo como auxiliares Valdir da Luz Fonseca e Bartolomeu Lordelo. Os times jogaram assim: Leônico – Adilson, Carlinhos, Rabelo, Netinho e Petrôneo. Aurelino, depois Gajé, Humberto e Pitada, depois Esquerdinha, Luizinho, Dilermando e Olívio. Botafogo – Tico, Léo Nélson, Elias e Vieira, depois Félix. Afonsinho e Cosme, Lapinha, Gildinho, depois Melosa, Miltinho e Gide. (Arquivo de Dilermando)

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