Por Carlos Eden Meira
Não
sendo nenhum versado em História, muito menos em Filosofia ou coisas
semelhantes, mas, tendo aprendido um pouco ao longo da minha vida, lendo sobre
o passado histórico da Humanidade e vivendo alguns momentos importantes da
História Contemporânea, os quais, desde a infância, marcaram minha formação de
cidadão, vi rolarem diante dos meus olhos, acontecimentos políticos mais ou
menos traumáticos, (é claro, já que a maior parte deles eu soube através da
imprensa), e que o Brasil felizmente, nunca sofreu um ataque tipo Hiroshima,
nem foi invadido por nenhum Hitler e seus asseclas. Entretanto, tivemos
ditaduras cruéis: a do presidente militar Floriano Peixoto (o marechal de
ferro); a do presidente Vargas no chamado “Estado Novo”; e uma delas, mais
tarde imposta pela famigerada “guerra fria”, gerada pelo capitalismo
imperialista dos EUA e de seus adversários, representada também, pelo
expansionismo comunista da URSS. Eu era apenas um adolescente quando deram o
golpe militar de 1964, para “moralizar” o País.
Entretanto,
a falência dos valores democrático/republicanos, a decadência institucional e
ideológica da esquerda e da direita, todos contaminados pela corrupção que o
poder lhes proporciona, causando promiscuidade entre o crime organizado e os
poderes da República, levaram enorme parte das pessoas a perder o respeito
pelas instituições ditas livres, o que consequentemente, poderia levar ao caos
institucional, à violência absoluta, à busca pela justiça pelas próprias mãos.
Seria uma “Revolução Francesa” reeditada.
Porém,
grupos radicais de direita já se preparam para “salvar a pátria”, usando suas
oportunas razões, para, justificando a incompetência ou conveniência dos nossos
políticos, porem em prática uma operação, cujo objetivo seria usar com
irrestrito apoio da classe média, movimentos radicais violentos, dos quais são
alvos os políticos corruptos, os assaltantes, os sequestradores, os cruéis
bandidos assassinos cada vez mais odiados pela população, o que para muitos se
justifica, já que tais indivíduos visam apenas enriquecer, pouco importa os
meios cruéis usados para alcançar seus objetivos.
Infelizmente, não somente os bandidos, mas, equivocadamente ou por questões ideológicas, também os homossexuais, negros, índios, intelectuais e artistas, ou quaisquer outras minorias consideradas por eles como “indesejáveis”, são, injustamente alvos desses novos “salvadores da pátria”, podendo surgir desse meio, um novo tirano. Isto ocorreu na Alemanha, pós-Primeira Guerra Mundial, o que resultou naquele horror de Adolf Hitler, o holocausto dos judeus, e na carnificina indescritível gerada durante a Segunda Guerra Mundial. Tenho ouvido de pessoas cultas, conscientes dos horrores acima citados, mas que, assombradas com a violência urbana, com a corrupção crescente e com a falta de alternativas culpam as instituições democráticas, e ainda acham necessárias as intervenções do totalitarismo, conforme o radicalismo ideológico de cada uma dessas pessoas, para deter o galopante avanço do crime organizado aliado aos hipócritas, larápios insensíveis, criminosos safados, que abusam da democracia para se posicionarem como “representantes do povo”, nas câmaras e assembléias que ocupam. Isto é terrivelmente preocupante, pois surgiram agora os negacionistas, terraplanistas e outras loucuras, que prejudicam o enfrentamento da ciência contra a pandemia do coronavirus, com um horripilante descaso das autoridades responsáveis pelo combate a tal horror, simplesmente por interesses políticos insanos e retrógrados. O Brasil já está sendo considerado mundialmente, como um dos piores países no enfrentamento da pandemia. “É PRECISO ESTAR ATENTO E FORTE”, o tempo é curto pra vencer a MORTE!
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