A semana que findou
deixou transformações profundas na equipe da Associação Desportiva Jequié, vez
que, novo técnico está a lhe dirigir os destinos, após a demissão de Maneca
Mesquita. Contratamento de Enaldo Rodrigues deu-se após movimentada reunião na qual
os cartolas da ADJ pesaram na balança de julgamento a jornada do ex-líder,
somando suas atuações e particularmente as três derrotas consecutivas, contra o
Bahia (6 X 1), contra o Leônico (2X0) e contra o Ilhéus (1 X 0).
Enfim acharam o
culpado para o grande desastre: Maneca Mesquita. Colocaram sua cabeça na
bandeja, e como Salomé do esporte deram-lhe sorrindo à torcida inquieta e
buliçosa, amante das emoções. Sim, deveria ser mesmo Maneca Mesquita o
responsável pela queda vertiginosa do líder.
Futebol tem nuances
que interessam pela alegria e pela revolta. O técnico de futebol é como
fotógrafo: se a fotografia é boa, a máquina que tem boa procedência, se é ruim
foi o fotografo que não soube trabalhar; Poderia ser idêntico á posição do
arqueiro, se defende um lance difícil, deu muita sorte; se deixa passar, é
franquista.
Mas, enfim a
Diretoria da ADJ arranjou o culpado e como tal mandaram-lhe embora, para 24
horas depois contratarem o nome de Enaldo Rodrigues, também demitido do Galícia
pelas derrotas do time do Poder azul.
Ninguém pode e não
deve julgar o trabalho de Enaldo pelo empate de domingo contra o Fluminense.
Aliás, se fossemos julgá-lo seria para parabenizar, porque, se não armou uma
ofensiva capaz de arrasar com a defesa adversária, pelo menos não deixou que a
meta de Edmilson avassalada pelos gols do time feirense, que atuou melhor, esta
é a verdade, sem contudo obscurecer nossa performance dentro do gramado do Joia
do Sertão. A saída de Maneca e consequentemente sua entrevista na emissora
local, deixou-nos numa dúvida cruel: será que somente o técnico orienta o time
da ADJ? Pelo que ouvimos, tem muita gente dando uma de Zagalo e dizendo aos
garotos como e por onde devem jogar. Isto quer dizer que tem mais de um técnico
no time, o que seria bom alvitre, se aumentar a fohla de pagamento do clube
local.
Não acreditamos que
Enaldo Rodrigues aceite estes palpites dos donos do nosso futebol. Cada um em
sua função e todos unidos pela ADJ, isto concordamos. E o Enaldo, foi logo
transparecendo seu modo de agir, quando ordenou operação “corta cabelo” e todo
o pessoal cumpriu as ordens, coisas aliás que apoiamos, porque cabelo grande,
costeleta e cavanhaque fica bem para James Bond não para jogador de futebol,
porque muitas vezes com receio de desmanchar seu “pimpão”, o craque deixa de
marcar um tento...
Na estreia, o Enaldo
armou o time para o empate com o Fluminense, ou pelo menos, para não tomar
goleada. Deu certo e não se movimentou o placar em Feira de Santana. Agora, vamos
esquecer o passado, marchar para a frente tirar do banco de reservas os
“perus”, cortar cabelo de todo mundo, puxar no treino físico, exigir as
condições necessárias, dar ao jogador o conforto que merece, mas, sobretudo,
incutir-lhe que são profissionais e como tais devem trabalhar.
Para Maneca nosso abraço e gratidão por
tudo que realizou pelo futebol de Jequié. Para o Enaldo, toda esperança em sua
inteligência, todo respeito pela sua função e toda ajuda que necessitar para a
sua Bahia! JEQUIÉ VOLTARÁ PARA ESBUGUELHAR... (
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