J. B. Pessoa
Foi num longínquo verão,
Daqueles tempos memoriais!
De noites claras e esplendorosas,
Época de lua imaculada!
Um sonho de amor, uma ilusão.
Tu e eu diante da igreja!...
Seguimos em silêncio pela
procissão.
Cânticos sagrados, velas acesas,
Foguetes mil estourando no ar!
Tuas mãos em minhas mãos.
Teu rosto iluminado pela paixão!
Uma noite divina, de tanta
alegria,
Que meu coração enamorado,
Não percebeu o raiar do dia!
Daquele que seria o mais feliz,
De toda minha solitária vida!
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