Por Carlos Eden Meira
Lindolfo
Rocha, um dos vultos mais importantes da História de Jequié, cientista e
escritor (autor do livro “Maria Dusá", que serviu de tema para a novela da Globo
“Maria Maria”) foi autor também, do documento que oficializava a emancipação
política de Jequié, tornando-a independente do Município de Maracás, tendo sido
assim, seu maior e mais relevante ato para o nosso Município. Ora, temos em
nossa cidade, ruas, praças e entidades diversas que homenageiam indivíduos de
pouca ou nenhuma importância, com seus nomes representando as referidas
entidades ou logradouros. Coube a Lindolfo Rocha, o nome de uma rua onde
funcionam alguns estabelecimentos comerciais para representar civicamente,
porém de forma modesta, a importância histórica do ilustre personagem.
No entanto,
durante o período da criação da ASSAM, graças às pesquisas da Professora
Eronides Ribeiro, vice-presidente da entidade, juntamente com o presidente
Raymundo Meira, que também pesquisou, e foram os principais responsáveis pela
criação do MUSEU HISTÓRICO DE JEQUIÉ; além das informações encontradas nos
livros do Professor Emerson Pinto de Araujo sobre a História de Jequié, foi
esculpido em argila a partir de uma foto antiga, o primeiro e único busto de
Lindolfo Rocha, encomendado por Raymundo Meira ao seu sobrinho, desenhista,
ilustrador e escultor, Carlos Elias Pereira Magalhães. O referido busto
encontra-se exposto no Museu Histórico de Jequié.
No
momento em que a atual Secretaria de Cultura e Turismo do Município cria o
CEDOC, que merecidamente leva o nome de Lindolfo Rocha, ainda assim, seria
também de enorme importância pensar em nomear uma praça com o ilustre nome,
além de mandar moldar em bronze um busto, o que poderia ser feito inclusive,
utilizando o modelo em argila acima citado. Ocorre que, poucas pessoas em
Jequié sabem quem foi Lindolfo Rocha, e sua importância para a nossa cidade.
Algumas praças com um busto chamariam muito mais a atenção do público, para a
relevância histórica dessa, e outras personalidades que contribuíram para a
existência, e o desenvolvimento político e sociocultural de Jequié.
Esperamos
que o bom senso, a serenidade, a consciência cívica e democrática, afastem de
nosso Brasil, o ódio, o obscurantismo, o fanatismo político-religioso que
distorcem os reais significados das palavras Deus, Pátria e Família, levando
pessoas a usarem inclusive o nome de Jesus, como se fosse símbolo de seus
objetivos desesperadamente equivocados. Atualmente, homens como Lindolfo Rocha,
de mente aberta, voltados para a ciência e a cultura precisam ser cada vez
mais, reverenciados no Brasil e no mundo todo.
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