domingo, 21 de fevereiro de 2021

O BUSTO DE LINDOLFO ROCHA

                                                Por Carlos Eden Meira

Lindolfo Rocha, um dos vultos mais importantes da História de Jequié, cientista e escritor (autor do livro “Maria Dusá", que serviu de tema para a novela da Globo “Maria Maria”) foi autor também, do documento que oficializava a emancipação política de Jequié, tornando-a independente do Município de Maracás, tendo sido assim, seu maior e mais relevante ato para o nosso Município. Ora, temos em nossa cidade, ruas, praças e entidades diversas que homenageiam indivíduos de pouca ou nenhuma importância, com seus nomes representando as referidas entidades ou logradouros. Coube a Lindolfo Rocha, o nome de uma rua onde funcionam alguns estabelecimentos comerciais para representar civicamente, porém de forma modesta, a importância histórica do ilustre personagem.

No entanto, durante o período da criação da ASSAM, graças às pesquisas da Professora Eronides Ribeiro, vice-presidente da entidade, juntamente com o presidente Raymundo Meira, que também pesquisou, e foram os principais responsáveis pela criação do MUSEU HISTÓRICO DE JEQUIÉ; além das informações encontradas nos livros do Professor Emerson Pinto de Araujo sobre a História de Jequié, foi esculpido em argila a partir de uma foto antiga, o primeiro e único busto de Lindolfo Rocha, encomendado por Raymundo Meira ao seu sobrinho, desenhista, ilustrador e escultor, Carlos Elias Pereira Magalhães. O referido busto encontra-se exposto no Museu Histórico de Jequié.

No momento em que a atual Secretaria de Cultura e Turismo do Município cria o CEDOC, que merecidamente leva o nome de Lindolfo Rocha, ainda assim, seria também de enorme importância pensar em nomear uma praça com o ilustre nome, além de mandar moldar em bronze um busto, o que poderia ser feito inclusive, utilizando o modelo em argila acima citado. Ocorre que, poucas pessoas em Jequié sabem quem foi Lindolfo Rocha, e sua importância para a nossa cidade. Algumas praças com um busto chamariam muito mais a atenção do público, para a relevância histórica dessa, e outras personalidades que contribuíram para a existência, e o desenvolvimento político e sociocultural de Jequié.

Esperamos que o bom senso, a serenidade, a consciência cívica e democrática, afastem de nosso Brasil, o ódio, o obscurantismo, o fanatismo político-religioso que distorcem os reais significados das palavras Deus, Pátria e Família, levando pessoas a usarem inclusive o nome de Jesus, como se fosse símbolo de seus objetivos desesperadamente equivocados. Atualmente, homens como Lindolfo Rocha, de mente aberta, voltados para a ciência e a cultura precisam ser cada vez mais, reverenciados no Brasil e no mundo todo.

 

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