Aproveitando-se da ausência de fiscalização, o transporte clandestino de passageiros se alastra em Jequié com a utilização de vans e outros veículos de quatro rodas, prejudicando a prestação de um dos mais importantes serviços públicos essenciais à população e de inteira responsabilidade do Município. Uma das principais consequências é o agravamento da crise que atinge a empresa de ônibus Expresso Rio de Contas que, com a pandemia, observa a situação piorar a cada dia.
Os decretos municipais publicados em 2020, impondo a paralisação do transporte regular por vários dias, foram altamente nocivos porque, foi justamente nessa lacuna que os clandestinos ganharam força. E quando os ônibus voltaram a ser liberados a circular pela prefeitura ainda em 2020, a situação já havia saído do controle da empresa, porque teve de arcar, sozinha, com os passageiros não pagantes enquanto via cair sua renda diária ao mesmo tempo que aumentam as despesas.
Como se não bastasse tudo isso, a concessionária sofre com valores por receber da prefeitura e preços defasados e agora um novo revel: motoristas e cobradores decidem paralisar suas atividades, por tempo indeterminado, deixando a cidade, a partir desta segunda-feira (15fev21) sem esse imprescindível serviço de caráter público, o que deve motivar a atual administração municipal buscar soluções para tentar impedir que a classe trabalhadora jequieense e a população em geral venham ser ainda mais penalizadas.(Souza Andrade)
Terminal de Ônibus. Imagem: Souza Andrade
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