sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

A Triste Notícia.

                                               J. B. Pessoa



Capítulo - 63 do livro " Guris e Gibis".

Naquele domingo à tarde, depois da matinê do Cine Bomfim, Johnny seguiu para a Praça Ruy Barbosa na companhia de Tõe Porcino, Mipai, Mamãe eu Quero, Nêgo, Géo e Pé de Pata, os quais comentavam as aventuras do cowboy Tom Mix, no famoso seriado. Os garotos tinham assistido mais dois episódios, os quais terminavam deixando, o mocinho sempre em perigo, obrigando a garotada voltar na próxima semana, para verificar como o herói se safava daquela situação. Mamãe eu Quero era o amais animado e dizia freneticamente:

- Vocês viram que “volta na próxima” porreta?

Quando os episódios dos seriados terminavam, deixando alguém ameaçado de perigo, apareciam na tela, as frases em letras enormes, dizendo: “Conseguirá o mocinho escapar do pendente perigo?”... “Volte na próxima semana, para verificar e assista mais um episódio desse brilhante seriado!” Com o tempo a frase “volta na próxima” acabou tomando uma conotação de um substantivo, no linguajar da garotada.

- É devera!... Como será que ele vai escapar daquele lance? – Perguntou Géo, na mesma agitação do companheiro.

Mipai começou mangar dos garotos dizendo:

- Da mesma maneira de toda a semana, seus otários. O artista sempre escapa do perigo! Vocês já viram algum artista morrer em um seriado? Quem se dá mal é o bandido.

- É verdade! Por isso mesmo que os seriados são tão espetaculares! – Disse Johnny concordando com o amigo e, ao mesmo tempo, participando da alegria de seus companheiros. Os garotos adoravam seriados. Muitas vezes, essa irresistível atração era trapaceada pelos donos dos cinemas, os quais colocavam no programa principal filmes medíocres, muitos deles, melodramas hispânicos, visando atrair um número maior de meninas, em suas matinês.

O relógio da matriz anunciava às quatro horas e trinta minutos de uma tarde brejeira, com um deleitoso sol de primavera, onde as pessoas sentavam-se, preguiçosamente, nos bancos do jardim, à procura de algum companheiro, para por em dia as novidades da semana. O assunto principal era o final das eleições, que foram disputadíssimas e suscitavam, às vezes, querelas desagradáveis em alguns constituintes, os quais, avessos ao sufrágio universal, professavam opiniões adversas ao senso comum, insatisfeitos com o resultado das urnas. Chegando ao jardim, os garotos se acomodaram em um dos bancos em frente à pista de patins, na espera da abertura daquela diversão, tão disputado pela meninada jequieense, a qual era desprovida de melhores áreas recreativas em sua cidade. Mamãe eu Quero foi brincar no parque infantil, junto de crianças que, como ele, eram menores de dez anos. Johnny ficou algum tempo na companhia de seus amigos até a abertura da pista. Nesse momento, chegam Edgar e Neide na companhia de Norma, convidando os garotos para as tertúlias da casa paroquial. Nêgo foi o primeiro a se manifestar:

- Quem gosta desse tipo de programa é Johnny. Leve ele com vocês!

Norma pegou a mão do garoto e trouxe a si dizendo:

- Claro!... Ele tem bom gosto!

Nego deu de ombros, ignorando a opinião da garota. Johnny desdenhava a rabugice do amigo, que via nas tertúlias, uma continuação dos programas escolares. Aproveitou a ocasião e disse para ele, uma frase que ouviu de sua mãe:

- “Arte é uma questão de gosto. Contudo, gosto uma questão de cultura”!

Querendo revelar à sua turma, uma alegria contida em seu coração, Pé de Pata aproveitou a oportunidade e disse para os seus amigos:

- Desta vez eu vou acompanhar Johnny e Edgar com as meninas!

Toda a turma olhou para o garoto, sem acreditar no que ouvia. Pé de Pata sorrindo, ante o espanto dos amigos, explicou para todos com satisfação:

- Eu arranjei uma namorada e marquei encontro com ela na casa paroquial!

Géo, querendo caçoar do companheiro, perguntou com chacotas:

- Quem foi a doida que teve coragem de namorar você?

- Quem?!... Simplesmente a menina mais bonita da Rua Siqueira Campos! – Disse o garoto com a satisfação estampada em seu rosto.

Mipai sorria diante da bazofia do amigo e pergunta com desdém:

- Ah é?!... Quem você pensa que é a menina mais bonita da Siqueira Campos?

- Gina, prima de Bill Elliott! – Responde Pé de Pata, cheio de orgulho.

Todos os garotos caíram na gargalhada, diante da afirmação do menino. Nêgo, despeitado diante daquela presunção, diz para os companheiros, sem a menor consideração pelo amigo:

- Vocês acham que uma princesa como Gina, vai dar bola a um pé rapado que nem Pé de Pata?!

- Claro que sim! Ele está namorando a menina, e com o apoio de Bill! - Bradou Johnny com indignação, para depois acrescentar:

- Eu mesmo sou testemunha disso! Edgar e Neide também!

Norma ouvia tudo aquilo sem dizer nada. Porém ao constatar o descaso daqueles garotos, uns para com os outros; numa turma que se dizia amigos, declarou:

- Eu pensei que era só Orlando, o despeitado da turma de vocês! Vejo com decepção, que existem outros.

Tõe Porcino veio em socorro dos companheiros, dizendo:

- Ah Norma! Não se preocupe com isso! A gozação é uma característica da nossa turma. Nós zombamos uns dos outros e até de nós mesmos! É apenas uma molequeira nossa! Mas somos amigos e todos unidos,

- Isso é verdade! Os únicos que não participam de gozações, são Johnny e Edgar! – Concluiu Mipai para a garota

Edgar reforçou a defesa de Porcino, dizendo:

Isso é verdade! Entretanto, com relação a Orlando o caso é diferente, pois o sujeito era um sacana mesmo. Ainda bem que ele foi embora. A gente ainda não esqueceu a sacanagem que ele fez com Johnny!

- Isso é verdade! Berenice e Eva Marli já estão sabendo disso! – Concluiu Neide.

Os garotos ficaram envergonhados diante da insinuação da menina e pediram desculpas a Pé de Pata pelo descaso à sua pessoa. O garoto aceitou as justificativas dos amigos alegando que, ele mesmo, costumava caçoar de todos. Em seguida se despediu deles e seguiu para a casa paroquial, acompanhados de Johnny, Norma, Edgar e Neide. Ao passar pelo Prédio Castro Alves, Norma dirigiu-se para Johnny e disse para o garoto:

- Johnny, eu acho melhor você vir comigo, pois preciso conversar consigo!

Norma pediu licença aos amigos e convidou Johnny para sentar em uma das escadarias do prédio. Edgar, Neide e Pé de Pata seguiram adiante, deixando a garota com o seu amigo. Johnny estava um pouco curioso, com todo aquele mistério. Norma afagou as suas mãos e lhe disse olhando em seus olhos:

- Eu tenho uma noticia para lhe dar e temo que isso vá lhe deixar muito triste!

O garoto ficou apreensivo, prevendo alguma coisa desagradável em relação à Berenice. Mesmo assim tentou ficar calmo e ouviu com atenção as palavras da garota:

- Berenice vai viajar amanhã cedo!

- Mas agora?!... E as aulas?... Estamos no último mês escolar! – Perguntou o garoto surpreso com aquela revelação.

Norma explicou com detalhes a situação:

- Isso já foi decidido com o Ginásio. Berenice não vai simplesmente viajar! Você está compreendendo?! Ela está indo embora de Jequié, para estudar em um colégio para moças em Londres. Um colégio caro, de gente bacana, o qual é frequentado pelas garotas aristocráticas da Inglaterra. Isso é um antigo desejo de sua mãe, o qual Berenice sempre repudiou. Ela nunca quis sair de Jequié e sempre teve apoio do pai nesse sentido. Contudo, acredito que a decepção sentida em relação aos últimos acontecimentos, ajudou a menina nessa decisão!

Johnny ficou sem palavras ao ouvir aquela notícia. Baixou os olhos e duas lágrimas rolaram em sua face. Norma alisou os seus cabelos e disse condolente:

- Mas ela não ficará fora por muito tempo. Em dois anos ou três, talvez quatro, no máximo, ela voltará!

O garoto ficou calado, analisando a situação. Lembrou que o seu primo deveria estar sofrendo naquele momento. Preocupado com isso, perguntou à garota:

- E Luís Augusto?... O que ele acha de tudo isso? – Perguntou Johnny, curioso com a reação do garoto.

Norma acariciou, novamente, as mãos de Johnny, dizendo com ternura:

- Berenice é apaixonada por você! Luís Augusto nunca significou nada para ela, a não ser um bom amigo. Inclusive ele apoiou a decisão da menina e a congratulou pela sua sorte, assim como fizeram o resto da turma. Ele também está indo embora de Jequié, pois o pai vai trabalhar na cidade de Juiz de Fora, em Minas Gerais.

- Eu já sabia disso! – Disse Johnny com tristeza.

Norma alertou Johnny da situação que vitimou o seu rompimento com Berenice, afirmando que todo mundo já estava sabendo de toda a verdade, e disse para o garoto:

- Foi Eva Marli quem me fez ciente de todo o acontecimento que motivou o rompimento de vocês. Vera Olivia é uma ótima garota. Foi envolvida numa armação articulada pelas amigas e, com sentimento de culpa pelo que aconteceu a você, exigiu que Neuza revelasse a participação dela e a de Orlando na trama. O plano era separar você de Berenice! Eles convenceram a menina a lhe beijar, dizendo que o namoro entre você e Berenice não era uma coisa séria, Inclusive que Berenice pretendia terminar com você, pois os pais dela, jamais permitiriam a união de sua filha com um pobretão como você!

- Eu já sabia da participação de Orlando. - Disse Johnny, com a voz embargada pela tristeza. Norma aconselhou o garoto, dizendo:

Berenice vai se despedir de sua plateia hoje à tarde. Logo mais irá encontrar com a turma na confeitaria. Quando ela for para casa, aconselho a você se despedir dela. Tenho certeza que ela ficará muito feliz com isso!

- Não sei se ela irá me perdoar. Mas eu vou vê-la pela última vez nas tertúlias, do último lugar da fila – Disse Johnny, vendo nisso uma forma de despedida. Norma abraçou o garoto e despediu-se dele, seguindo sozinha para a casa paroquial.

Johnny ficou sentado nas escadarias do Prédio Castro Alves e, por alguns segundos, chorou bastante com a triste notícia. Não esperava perder o seu amor para sempre. Enquanto ela estivesse por perto, haveria esperanças. Agora com a sua partida, ele via ruir todo um mundo de sonhos. O relógio da matriz anunciava às dezessete horas e quarenta e cinco minutos, quando Johnny seguiu para ver o show dos valores da terra. Ele sabia que no início, seriam as sofríveis apresentações da criançada, para os deleites de seus progenitores. Chegou discretamente e olhou por uma das janelas e viu Berenice na companhia de seus amigos. A garota esperava a sua vez de se apresentar na plateia, sentada em frente ao palco, onde a turma costumava se acomodar nas apresentações das tardes de domingo. O garoto ficou solitário no pátio do teatro, esperando a vez da apresentação de Berenice. A Casa Paroquial da Igreja de Santo Antônio, Padroeiro de Jequié, foi edificada no início da colina, conhecida com Morro do Cruzeiro. Está situada numa esquina, cuja frente dava para a parte mais alta da Rua Nestor Ribeiro e a lateral para a rua, onde morava Eduardo. O seu pátio oferecia uma bela vista panorâmica para a parte leste e norte da cidade. Enquanto esperava a vez da garota se apresentar, Johnny ficou observando o maravilhoso vitral colorido atrás da igreja matriz e o fundo do gigantesco Cine

Teatro Jequié. Ficou absorto vendo a meninada escalar aquela parte do cinema, para atingir as janelas onde ficava a sala de projetores, em busca das sobras dos fotogramas das películas, que o operador jogava fora. Enquanto isso, outros meninos vasculhavam o chão, na procura daquelas preciosidades. A tarde ia chegando ao seu final, com uma belíssima lua surgindo por entre as montanhas, aumentando a melancolia no coração do garoto. Os primeiros fiéis apareciam para a missa das dezoito horas, sendo acompanhados pelos seus familiares, muitos dos quais permaneciam em seus pátios, em alegres conversas. Nesse momento foi anunciado o nome de Berenice e Johnny entrou no auditório, no mesmo instante que a garota ia executar a sua canção, acompanhada ao piano pela divina Celina Lopes. Johnny postou-se de pé, por alguns segundos, encantado com o que via. Berenice notou Johnny ao longe, ficando inerte por alguns segundos, obrigando Celina a uma nova introdução, para a canção que ela ia executar. Inspirada naquele momento, a garota cantou “Lábios Que eu Beijei”, um sucesso na voz de Orlando Silva, olhando diretamente para aquele garoto no fundo da sala, demostrando um profundo sentimento naquele momento.

Ao finalizar a sua apresentação, Berenice foi ovacionada com delírio por uma plateia, que a idolatrava. A menina começou suas apresentações nas tardes de domingo, aos seis anos de idade e, dali em diante, conquistou a admiração de toda a sociedade jequiéense. Naquele momento, o seu público cativo, despedia-se dela com grande comoção, sabendo que a menina, estava de partida para a Europa. Johnny aproveitou a oportunidade em que todos estavam em pé, aplaudindo a garota e tratou de desaparecer dali, pois estava sofrendo demais, para participar daquele ambiente de confraternização. Após a finalização daquele espetáculo, Berenice verificou que Johnny tinha ido embora. Ficou entristecida com a atitude do garoto; contudo, compreendeu o seu gesto, pois tinha conhecimento da sua timidez. Com o término da tertúlia, Berenice e seus amigos foram comemorar a sua despedida na confeitaria. Estavam presentes todos os seus amigos. Luís Augusto se perdia em amabilidades, prometendo, se possível, visita-la em Londres. Bill Elliott e Eva Marli, juntos a Eduardo e Luísa teciam louvores à menina, lhe aconselhando a tirar o melhor proveito, daquela oportunidade. Somente Neide e Edgar permaneciam quietos, percebendo a angustia em que pedecia Berenice, a qual não se comprazia com toda aquela alegria. A garota sorria discretamente, enquanto seus olhos percorriam todo o jardim, na esperança de encontrar Johnny sentado em um de seus bancos. Só recentemente ficou sabendo de toda a verdade. Orlando havia mentido para ela, dizendo que Johnny era apaixonado pela outra menina. Tinha consciência que fora ríspida demais com o garoto e que o ignorou constantemente nesses últimos meses. Queria se redimir de tudo aquilo, antes de partir e pedir perdão a Johnny pelo seu ciúme. Estava arrependida de sua decisão de ir embora de sua querida cidade e ficar longe do seu querido amor.

Enquanto a turma continuava na comemoração, Johnny foi para seu canto no jardim, permanecendo camuflado pelos arbustos, que o protegiam de

ser visto pelo pessoal da confeitaria. Sabia por Norma, que Berenice ia pegar o trem pela madrugada e viajar até Nazaré, e de lá pegar um vapor para Salvador. Queria ficar perto do seu amor, o maior tempo que pudesse. Enquanto o garoto estava sozinho, suas lágrimas rolavam repetidamente. Eram oito horas da noite quando Berenice se despediu de seus amigos indo para sua casa. Luís, Bill Elliott e Eva Marli acompanharam a garota até a sua residência, enquanto Johnny os seguia, discretamente. Edgar acompanhou Neide até a sua residência, encontrando Pé de Pata e sua nova namorada, na entrada da avenida, seguindo juntos até a entrada da Rua Maracás.

Eva Marli entrou em casa com Berenice. A garota ia ficar com a amiga até o momento de sua partida. Pretendia permanecer em sua companhia até a madrugada, na hora do embarque no trem. Johnny esperou Luís e Bill se despedirem das meninas e irem embora. A seguir, o garoto ficou prostrado embaixo de uma frondosa árvore, em frente da residência de Berenice, indeciso se ia despedir-se da menina ou não. De repente começou a chover. Era uma chuva típica de primavera, anunciando um precoce verão. No começo era fraca e parecia que fosse passageira; entretanto, ficou mais forte com o passar do tempo e estava durando bastante, a ponto dos respingos das folhas, encharcadas pela quantidade de água, começassem a enxovalhar o garoto. Eram quase dez horas da noite e a temperatura desceu um pouco. Eva Marli, olhando pela janela, divisou o garoto debaixo da árvore. A menina, surpresa com a novidade, chamou à amiga, dizendo:

- Berenice venha ver!... Parece que é o Johnny embaixo daquela árvore!

A garota correu para verificar, e exclamou com alegria:

- É ele mesmo! O meu amor veio me ver! – Imediatamente a menina pegou uma sombrinha e veio ao encontro de Johnny, que no momento estava todo molhado, tremendo de aflição e frio. Os dois ficaram, momentaneamente, olhando um para o outro sem dizer nada. De repente Johnny abraçou Berenice e um prolongado beijo aconteceu entre os dois. O garoto chorando, dizia entre soluços:

- Berenice, meu amor!... Eu te amo tanto, que esse amor dói na minha alma!

- Eu também Johnny!... Eu também te amo muito! Fui uma tola acreditando em fofocas de pessoas, que só merecem desprezo.

Johnny abraçou novamente a garota, exclamando:

- Oh Deus!... É a minha menininha que está comigo!... Minha menininha está comigo, novamente!

- Sim meu querido, eu sou sua!... Unicamente sua! – Disse Berenice entre lágrimas.

Nesse momento Eva Marli apareceu na porta. Percebendo o aumento daquela precipitação, ela alertou os dois namorados, dizendo:

- Acho melhor vocês saírem da rua, pois a chuva está aumentando!

Berenice conduziu Johnny para dentro de casa, protegendo o garoto da chuva, com a sua sombrinha. Os jovens, unidos pela paixão, continuavam

abraçados dentro de casa. Naquele momento os pais de Berenice já tinham se recolhido. A menina pegou uma toalha e começou enxugar o garoto, molhado pela chuva. A arrumadeira da casa pediu o menino que tirasse a sua camisa, para ela enxugar em um ferro de passar roupa. Johnny permaneceu embrulhado na toalha, enquanto isso acontecia. Berenice continuava acariciando o seu amor, pedindo perdão pelo seu comportamento. Eva Marli também se desculpou, alegando que foi envolvida pelas circunstancias.

Depois de algum tempo, entre beijos e abraços, Berenice explicou sua viajem para a Inglaterra e prometeu a Johnny, que ficaria por pouco tempo naquele país. Afagou as mãos do garoto, dizendo:

- Eu prometo lhe escrever todas as semanas, meu querido!

- Eu também Baby!... Eu também!

Eva Marli assegurou, emocionada:

- Eu tenho certeza que Dona Norma não vai aguentar, nem um ano, sem sua preciosa filha.

- E Seu George também! – Disse a arrumadeira, que no momento chegava com a camisa enxuta. Os dois namorados ficaram algum tempo, relembrando os dias felizes, que tiveram um na companhia do outro. Johnny notou que estava ficando tarde e Berenice mandou chamar o velho Xavier, para levar o garoto até a sua casa. Johnny abraçou novamente a sua amada e cobrindo-a de beijos, disse emocionado:

- Berenice, eu prefiro me despedir de você aqui e agora! Vá com Deus meu amor, e que os anjos lhe protejam e a conservem sempre minha!

- Serei sempre sua, meu querido!... Sempre, sempre!... Muito sempre!

Os dois namorados se abraçaram e se beijaram pela última vez. Em seguida, o velho Xavier conduziu Johnny até a sua casa, deixando Berenice em prantos, sendo consolada por Eva Marli, sua fiel amiga. Johnny estava feliz, agradecendo aos anjos pelas pazes feitas com o seu amor. Chegando a sua casa, o garoto foi dormir tranquilo, com muitas esperanças no futuro.

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