Jequié, 123 anos de emancipação política, história e memórias. Na antiga e bela Praça Rui Barbosa, também a antiga feira dos jequieenses. Quantas belas e singelas imagens de homens e mulheres comuns, que, no labor do dia-a-dia, iam à feira para comprar/ou vender produtos que vinham da terra (que é sempre terra): banana, batata, abóbora, aipim, limão quiabo, mamão, jiló, feijão, arroz, pepino, chuchu, pimentão, beterraba, abacate, coentro, alface, hortelã, alho, cebola, tomate, maracujá... Também nessa antiga feira não faltavam jabá, toucinho, farinha, rapadura, carne de boi, milho, café, broa de milho, pão, bolacha, carne de porco, frango, ovo, mel... E que pena que não se tem nenhuma imagem em movimento ( filmagem ) dessa Grande Feira, desses grandes homens do povo e dessas mulheres lutadoras e mães de família; e que pena que também não temos a prática de registrar tudo como deve ser registrado. A construção da história social do homem carece de todas as formas vivas e dinâmicas de registros. Porém, contemo-nos as memórias de uma Grande Feira de uma Grande Gente na Praça Rui Barbosa: a Praça ainda sem calçamento, os velhos casarões, ao fundo, ainda preservando o bonito estilo neocolonial trazido pelos italianos e os homens ainda vestindo terno branco à moda antiga etc. Diante dessas imagens, arrisca-se um palpite forte e ousado: essa foto deve ter sido registrada (clicada) entre as décadas de 1920 e 1930. Observe, lá no fundo, o velho prédio onde hoje funciona a Caixa Econômica Federal. O sol era para todos, pelo menos nessa feira. Jequié, 123 anos de emancipação política, história e memórias. Comemore, apesar de tudo; comemore, apesar de os políticos “prefeitos” vagabundos, lacaios e criminosos terem contribuído para a destruição de quase todos os traços da bela arquitetura neocolonial. Observe como a cidade está desfigurada, feia, abandonada, destruída. (Blog Junior Mascote)
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