segunda-feira, 19 de outubro de 2020

Fernando Henrique Cardoso queria ser prefeito de Jequié.

Fernando Henrique Cardoso desejou ser prefeito de Jequié. (Foto Reprodução).

Neste período politico em que os eleitores irão escolher o prefeito, vice-prefeito e vereadores no dia 15 de novembro de 2020. No município de Jequié não será diferente, este blog em pesquisas que vem realizando contando a história dos prefeitos que passaram pelo município nestes 123 anos de emancipação política, todos os dias estão sendo publicadas matérias mostrando um a um. E conseguiu encontrar esta matéria publicada no jornal Folha de S.Paulo, Leiam…

FHC ama Jequié – 06 de julho de 1996

FERNANDO RODRIGUES-Folha de S.Paulo

Brasília – O presidente Fernando Henrique Cardoso surpreendeu a todos ontem (06.07.1996) revelando um desejo não-atendido: gostaria de ter sido prefeito de Jequié (BA). Sobre um palanque na cidadezinha do interior baiano, falando para afetos e desafetos, FHC disparou: “Quisera eu, um dia, poder ter sido prefeito de Jequié. E, quem sabe um dia, se o povo de Jequié quiser, daqui a alguns anos, eu venha me juntar ao Lomanto (atual prefeito), não para ser prefeito, mas para torcer, outra vez, por um bom prefeito em Jequié”. Enigmática, a frase presidencial permite várias inferências. Principalmente que FHC promete as coisas tão rapidamente quanto não as cumpre. Há cerca de um mês, no dia 12 de junho, o porta-voz Sergio Amaral disse que FHC não iria subir em palanques para apoiar candidatos a prefeito na eleição de 3 de outubro. Pois foi exatamente isso que FHC fez, ontem, em Jequié. A sua declaração de amor pela cidade foi sucedida por um apoio ao candidato local do PFL, Roberto Britto -que estava próximo ao presidente no palanque. Outros candidatos estavam por ali, no comício. Mas a festa foi nitidamente pefelista. Além disso, FHC disse que poderá ir “outra vez” a Jequié “para torcer (…) por um bom prefeito”, junto com Lomanto. Ou seja, esteve lá ontem para apoiar o candidato pefelista. Claro que o presidente negou a intenção política. Esteve em Jequié para inaugurar uma obra da Petrobrás. E o comício não foi eleitoral, mas um “comício cívico, pelo Brasil”. É curioso o raciocínio presidencial. Primeiro, pediu para seu porta-voz dizer que não subiria em palanques. Menos de um mês depois, em cima de um palanque, apoiou o candidato do PFL em Jequié. Finalmente, disse que tudo isso é feito “pelo Brasil”. Recentemente, FHC afirmou que os tucanos têm um jeito complexo de pensar. Depois de Jequié ficou mais fácil entender o porquê. Nem sempre o que o presidente fala é aquilo que ele quer dizer. (Ari Moura)

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