domingo, 29 de março de 2020

A CRÔNICA DA CIDADE: PREVENIR ANTES QUE SEJA TARDE DEMAIS!

Souza Andrade

Temos observado muita gente fazendo o maior alarde sobre o novo coronavírus. Também temos observado muita gente fazendo pouco caso do novo coronavírus. Não vamos entrar no mérito de que tem ou não tem razão. Não vamos inflar, nem desmerecer o posicionamento de ninguém. Contudo, em se tratando de uma de doença infecciosa que se espalha entre a população com muita rapidez, cautela nunca é demais. Não esqueçamos que a pandemia existe e contra fatos não há argumentos. Enfatizando, o problema existe e sua gravidade não deve ser ignorada. Quem ignorou, hoje transporta cadáveres em comboios de caminhões do exército para enterrá-los em valas.   
Falando especificamente de Jequié, várias situações nos apresentam de forma extremamente preocupantes. Para começar, a nossa cidade não está preparada caso, repentinamente, ocorra uma explosão de registros positivos do vírus atingindo pessoas dos grupos de risco, ou seja, aquelas mais vulneráveis e suscetíveis a exemplo de idosos, diabéticos, hipertensos, quem tem insuficiência renal crônica, doença respiratória crônica, doença cardiovascular, dentre outras. Aproximadamente 43 mil idosos vivem em nosso Município. Parcela da população sabe e outra parcela, igualmente significante sequer tem conhecimento que são diabéticos ou hipertensos.
É preciso evitar a exposição desse grupo e quem mora com pessoas com este perfil, não pode entrar e sair de casa injustificadamente. Até porque, ninguém está seguro, muito menos estamos tratando de um problema menor. Ainda que sem querer tomar partido, arisco dizer que, o presidente da República deve ter devidamente reservado para ele e seus familiares próximos, respiradores e leitos de UTI para uma eventual urgência. Diferente dessa realidade está o restante da população brasileira. A rigor, muitos deverão morrer não pelo coronavírus, mas pela falta de assistência médica por falta de equipamentos, ainda mais porque os já existentes estão sendo utilizados por vítimas de acidentes, problemas cardíacos e outros. A solução é empurrar o pico para frente até arrumar nos leitos como vem sendo feito no País.
É trabalhar para que nada ocorra de grave porque a nossa cidade dispõe de pouco mais de 30 leitos de Unidade de Tratamento Intensiva e, independente de pandemia eles estão sempre ocupados. O que nos resta senão à prevenção? 
Para o enfrentamento de uma doença para a qual não tem vacina, nem remédio, e vivendo em um País onde o sistema de saúde, em condições normais, já não reúne condições de atender a população, ao que parece, a única alternativa inteiramente ao nosso alcance é seguir as orientações da comunidade cientifica de distanciamento social antes que seja tarde demais. (Souza Andrade – jornalista – 29 de março de 2020). (Jequié e Região)

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