sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

Desenvolvida por estudantes da Uesb campus de Jequié ”prótese” para pacientes amputados

Alunos criam prótese para pacientes amputados. Foto: Divulgação
Como melhorar a qualidade de vida de pessoas amputadas? Túlio Calil, aluno do curso de Sistemas de Informação na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – Uesb – campus em Jequié, encontrou uma solução a partir do estágio no Departamento de Enfermagem da Instituição, onde teve a ideia de criação de próteses automáticas de baixo custo. Tulio e a enfermeira Mitale Barbosa estão à frente do projeto. O protótipo funciona através de um leitor de impulso nervoso conectado no antebraço da pessoa, que interpreta comandos e converte em posição para a prótese.
De acordo com o estudante, a iniciativa é voltada para ajudar as pessoas que não tem condições de pagar pelas próteses disponíveis no mercado atualmente. ”Nosso produto é feito de sucatas como PVC, nylon e correntes de bike. O diferencial no material permite a possibilidade de utilizar tecnologia acessível e itens reciclados ou de menor custo para construir as próteses e vender por um preço mais acessível”, explicou.
O protótipo tem um viés social e através da tecnologia busca desenvolver soluções acessíveis em programação. ”Para um indivíduo com membro amputado ter a mínima chance de realizar ações cotidianas como segurar um copo, caneta ou abrir uma porta, esse projeto é um divisor de águas entre a desesperança e a esperança. Isso melhora a autoestima, dá novas chances e consequentemente gera impactos psicológicos positivos”, destacou.
Atualmente, o trabalho está em fase de desenvolvimento e aprimoramento, com o apoio do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Software e do grupo de Pesquisa em Análise Cognitiva, Modelagem Computacional e Difusão do Conhecimento. O trabalho foi exposto na Campus Party em 2018, onde muitas pessoas puderam testar. Agora, esperamos poder remontar e encontrar materiais mais leves e resistentes, além de melhorar a estética. Outro item a ser trabalhado diz respeito à parte bioeletrônica, já que o membro precisa alcançar melhores níveis de calibração do impulso para torná-lo cada vez mais responsivo e exato”, concluiu.
Para dar andamento ao projeto, o estudante fez uma vaquinha entre professores do curso de Enfermagem da UESB. ”Nossa professora Mariana Lacerda nos ajudou com a arrecadação e conseguimos comprar os materiais. O apoio do Centro também foi decisivo na continuidade, permitindo desenvolver a segunda etapa da elaboração com a impressão da mão em 3D, motores mais fortes e peças mais adequadas ao uso”, ressaltou o jovem, que é orientado pela professora Claudia Lopes. (Marcos Frahm)

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