sexta-feira, 29 de novembro de 2019

Abertura da Felisquie aconteceu na Câmara Municipal de Jequié.

  Abertura oficial da Felisquie na Câmara Municipal de Jequié. (Foto de Charles Meira).

  Cantoras apresentaram a parte musical n abertura da Felisquie. (Foto Chales Meira).

A abertura da quarta edição da Felisquié aconteceu na noite de quinta-feira, 28/11, na Câmara de Vereadores. O show musical das estudantes do curso de Letras da UESB, Ana Vitória e Flaviane, interpretando as mais belas canções da MPB deu início ao evento. Logo depois, a mestre de cerimônia, a professora e poeta Luciana Brandão, convidou para compor à mesa, o curador da Festa Literária do Sertão de Jequié, o professor e escritor Domingos Ailton, a professora, escritora e Embaixadora da Paz, Maribel Barreto e o Coordenador da Juventude da Secretaria de Educação do Estado da Bahia, Jocevaldo Bispo. O curador da Felisquié, Domingos Ailton falou sobre as dificuldades que ainda encontra em realizar o evento.  A falta de apoio dos órgãos competentes em incentivar a cultura e a falta de visão empresarial são os maiores empecilhos. Ambos impedem que os gestores de alguns municípios baianos, inclusive Jequié, não percebam nas suas feiras culturais, a possibilidade de incentivar e ampliar a economia da região. Ele citou o exemplo da “Fligê – Feira Literária de Mucugê”, que movimentou cerca de R$ 10 milhões por ter tido organização e incentivo prévios, oriundos dos empresários e da iniciativa pública. A feira já está presente na agenda cultural do estado. O Coordenador da Juventude do Estado da Bahia, Jocevaldo Bispo enalteceu o tema proposto pela Felisquié: “A formação de leitores como desafio do Brasil atual”. Para ele, a temática é crucial para fazermos novas interpretações da realidade, tanto no presente quanto no futuro: “Vamos continuar construindo as feiras literárias e que tenhamos um evento importante; para que meninos e meninas, mulheres e homens tenham um lugar melhor para viver”, referendou.  Convidado pelo curador Domingos Ailton para mediar à conferência, o professor da UFRB, Adilson Gomes falou sobre a importância em participar de eventos como a Felisquié. Agradeceu a todos que voluntariamente ajudaram a concretizar o evento e finalizou a sua apresentação, dirigindo-se à Maribel Barreto: “agora é você quem vai nos iluminar com a sua fala”.  A primeira conferencista da quarta edição da Felisquié, Maribel Barreto, convidou os confrades e as confreiras Zilda Freitas, Márcia Rúbia, Leonam Oliveira e Júlio Lucas, presidente da Academia de Letras de Jequié, da qual ela também faz parte, para sentar-se à mesa. Explicou que a academia não deve ficar enclausurada entre quatro paredes: “Eventos como esse representam um estímulo à arte, à cultura e à educação”, resumiu. Depois, ela se dirigiu ao curador Domingos Ailton, e pontuou: “Me permita participar de todas as próximas edições da Felisquié”. Sobre o seu tema “Leitura e Consciência: um diálogo Transformador”, Maribel Barreto abordou que “todos nascemos com consciência, só precisamos despertá-la no dia a dia”. Ela salientou que “a consciência é um espaço de diálogo, um espaço de troca”.  Incentivou a prática da ‘centração’, “termo pertencente à pedagogia, que significa a fixação da atenção em um só aspecto da totalidade”. Nessa dinâmica, só é preciso “fechar os olhos e prestar atenção ao que acontece por dentro. Matar a aparência para vivenciar a essência”, resumiu. Para a embaixadora da paz, meditar é essencial: “todos os dias, de 20 em 20 minutos, até completar uma hora. Ao levantar – antes ou depois das refeições – meditar é fundamental para adquirir a consciência de ser”.  A leitura é a porta para a consciência e a consciência é a chave A frase “A leitura é a porta para a consciência e a consciência é a chave”, dita por Maribel Barreto durante a sua conferência foi usada para explicar que a leitura contribui para o saber pensar por nós mesmos e fazer escolhas que nos proporcione o melhor viver. Ao questionar “Como vou descobrir o que sou?” e logo depois, dirigir esta pergunta ao público, o escritor camaronês Francis Beidi, presente na plateia, respondeu brilhantemente: “Tomar consciência de si próprio leva muito tempo e não é de um momento para outro; é uma bela caminhada”. Ao sugerir a implantação do “Dia Mundial da Consciência Humana” e afirmar que “todos somos seres divinos vivendo uma experiência humana, Maribel Barreto definiu o processo de conhecimento tão bem traduzido por ela: “o maior dos livros a ser estudado somos nós mesmos”.  Ao final da apresentação, o cineasta Robinson Roberto e a professora Mariluzia Barreto foram homenageados pelo apoio efetivo que sempre deram a Felisquié, desde a sua primeira edição. (Ari Moura)





Nenhum comentário:

Postar um comentário