domingo, 4 de agosto de 2019

Opinião: De repente… quatro salas de cinema em Jequié!

por Wilson Novaes*
“Cinéfilos” e “amantes da sétima arte”, são duas das denominações clássicas como se caracterizam pessoas que apreciam e assistem, com interesse e assiduidade as projeções cinematográficas. Essa categoria está sendo retratada no presente momento de Jequié, por um grupo reduzido de pessoas que mantém em um dos espaços do museu da cidade, o Cineclube, reedição de iniciativa surgida por aqui entre as décadas de 1960 e 1970, na qual as películas exibidas [pelos atuais através de DVD], dão espaço para comentários dos assistentes.
Geração de pessoas nascidas em Jequié, nas últimas três décadas, não tiveram a oportunidade de assistirem na própria cidade, a exibição de um filme na chamada “telona”. Anterior a esse espaço de tempo, foram sucessivamente fechados, os cinemas Bomfim, Auditorium e Jequié, este último, incluído entre aqueles com maior capacidade de público da Bahia, aproximadamente 1.500 cadeiras. A partir da desativação dessas três salas de cinema, a arte perdeu fóco em termos de conhecimento e apreciação, para uma parcela grande de pessoas, com parte dela adotando o DVD como alternativa, a grade de exibições nas emissoras de TV abertas ou por assinatura e, mais recente, o canal Netflix, que permite através de aquisição prévia, de filmes disponibilizados para serem assistidos em casa ou em qualquer outro lugar.  “Nenhuma dessas alternativas chega perto do filme exibido no cinema convencional”, retrucaria o professor e cinéfilo Lucas Ribeiro, um dos membros-idealizadores do Cineclube de Jequié.
O nosso comentário desse domingo, 4 de agosto, surge no auge da acalorada discussão em torno da futura implantação de pelo menos, quatro salas de cinema em Jequié, todas no modelo dos instalados em shopping centers do país. Disse ao comentarista, um conhecedor do gênero, que Jequié atual, comportaria um total de seis salas de cinema. A opinião é contestada por alguns.
O bem sucedido empresário do ramo de panificação, José Marcos Andrade vem construindo um empreendimento multi-comercial na Avenida Brigadeiro Sá, bairro Jequiezinho, tendo incluído no projeto, duas modernas e bem equipadas salas de cinema. A etapa inicial do projeto, incluindo os cinemas, tem previsão de estar em funcionamento, a partir de novembro deste ano.

Ao visitarmos esta semana o empreendimento comercial que a empresa Gimacon constrói anexo ao Golden Clube Pindorama, na Avenida Luiz Eduardo Magalhães (anel rodoviário) fomos surpreendidos pela informação confirmada, pelo empresário Gilson Brito Filho, de igualmente bem sucedida empresa do ramo imobiliário,  de que um empresário, de fora da cidade, que atua no setor de cinemas, havia locado e iniciado a instalação de duas salas de cinema, no futuro centro comercial, com a previsão de coloca-las em atividades a partir de março do próximo ano.
Para uma cidade com população estimada de 162 mil habitantes, onde parte da população reclamava e apontava nos últimos anos entre as suas carências de lazer, a não disponibilidade de salas de cinema, os quatro espaço a serem colocados em funcionamento em Jequié, absorvem em suas capacidades totais somadas, uma média 600 espectadores e nos colocam no patamar de outras cidades baianas que dispõem desse gênero de entretenimento.
Polêmicas à parte, ficamos na torcida para que os dois empreendimentos frutifiquem e tenham sucesso e, que cinéfilos atuais e futuros prestigiem essas iniciativas.
*o autor desse texto é  jornalista e radialista é editor do site Jequié Repórter

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