Anilson Borges e Charles Meira. |
Depois de Charles Meira ler uma matéria em um blog, contendo uma matéria editada no Jornal Correio da Bahia e publicá-la no Blog do Cantor Charles Meira, ficou conhecendo o projeto que menciona a cidade dos dinossauros, executado no município de Santa Inês – BA.
No final do mês de abril, o amigo
José Renato, membro da Igreja Batista Sião em Jequié convidou Charles Meira
para cantar no dia 01/05/2019 em Santa Inês e também participar dos eventos turísticos,
inclusive conhecer os famosos Dinossauros, citados na matéria anteriormente
mencionada, juntamente com uma heterogênea caravana, idealizada e coordenada
pelo departamento infantil da igreja. Na oportunidade, Charles Meira
entrevistou Anilson Borges e conheceu pessoalmente o projeto dos Dinossauros, ideia
que continua sendo executada naquela cidade.
Anilson Borges dos Santos nasceu em 06/07/1977 na cidade de Jaguaquara, onde viveu cinco anos e em seguida mudou-se para Santa Inês. Filho de Antônio Borges, que foi funcionário da Coelba em Jaguaquara e Creuza
Correa, falecida, que tiveram seis filhos. A infância foi tranquila, brincava
muito com os amigos, que hoje boa parte foi embora. Na adolescência morou um
período curto em Campinas – SP e o restante da vida em Santa Inês. Cursou
o primário, ginasial, magistério em 1995 e a faculdade de História na FTC em
2010, também na cidade que fica no Vale do Jequiriçá. A habilidade artística de
Anilson começou a ser demonstrada desde pequeno, quando executava os trabalhos que
desenhava na escola, tarefas que sempre gostou, pois achava divertido e fazia
bem. Desde aquele tempo, Borges gostava de Dinossauros, chegando a desenhar alguns
bichos e também fazer outros brinquedos embolando papel, entretanto atualmente
gosta mais, porque através de filmes, pesquisando na internet, ficou tudo visível
e consequentemente bem mais informado sobre o assunto. Em 1995, época que tinha
17 anos de idade, o nosso artista fez para um trabalho escolar o primeiro
dinossauro, arte feita com farinha de trigo, tarefa que agradou ao professor e
recebeu uma boa nota.
Neste período da sua existência,
Anilson pintou camisas, fez desenhos e maquetes, tarefas realizadas
informalmente para comprar materiais para fazer suas artes. No ano de 2000, concursado
e trabalhando de carteira assinada na Prefeitura Municipal de Santa Inês e obter informações de poucos documentários, no tema do filme “Juranic Park” 1993 –
Steven Spielberg, fazer algumas peças pequenas na casa de sua tia, testando com
durepox para fazer a pele do bicho, arame para montar a estrutura, papel,
papelão e fita crepe para o enchimento e
tinta para colorir, objetos que mediam 30, 40 centímetros e somente uma com 2 metros,
realizou uma exposição no Shopping Iguatemi na Praça Dorival Caymmi, evento difícil
de conseguir, porém com a ajuda do amigo Genival Alves e a aprovação dos
dirigentes do empreendimento tudo deu certo e foi um sucesso de visualização,
divulgação e experiência para melhor realizar mostras futuras.
E a seguir, mais experiente e
contando novamente com a ajuda do amigo Genival, mantiveram contato em 2002 com
os dirigentes do Shopping Iguatemi de Feira de Santana – BA e liberado pela
Prefeitura Municipal de Santa Inês, realizaram durante 10 dias outra exposição.
O resultado da mostra foi um pouco
melhor, pois continha mais peças.
Depois deste evento as pessoas
começaram a entrar em contato com o artista, encomendando réplicas das peças
divulgadas. A primeira peça grande que fez, foi com o tema de Dinossauros para
uma fábrica de sapatos de Minas Gerais, empresa do ramo de sapatos infantis. Foi
legal fazer um e depois mais três, pedidos solicitados em períodos diferente, que
Anilson ganhou bem pouco, entretanto divulgou ainda mais a sua arte. Após
vender esta peça, passou a fazer mais pesquisar, comprar materiais de melhor
qualidade, percebendo a necessidade de melhorar o seu trabalho. Esta decisão
foi acertada, pois logo fez peças pequenas para o Maranhão, Santa Catarina, Rio
de Janeiro e duas em 2012 para São Paulo, sendo uma também pequena e outra de
tamanho um pouco maior.
Contrariando o ditado popular de
que “Santo de casa não faz milagre”, quando do mandato do prefeito anterior, em encontro intermediado
pela esposa do gestor, respondeu indagação dela sobre suas esculturas, confirmando
que estava fazendo peças, porém para outras cidades. Após acertos e as despesas
pagas pelo município, Anilosn aceitou e fez no período de três anos, duas peças
para o município, esculturas que ficaram em local de destaque na cidade, contudo
na opinião do artista meio desligada uma da outra.
No ano de 2016, quando Emerson Elói assumiu a prefeitura, tudo aconteceu diferente. A ideia do atual gestor
foi de criar um parque aberto. Na ocasião, Anilson conversou e aceitou a
proposta de realizar o projeto denominado de “Dinovale”. Atualmente continua trabalhando
na prefeitura, porém na área da cultura, idealizando temas e coordenando estes
serviços, ajudado por três pessoas, cedidas em conjunto com o espaço e os
matérias necessários, sempre aprovados pelo prefeito, como está acontecendo na entrada
do município, que aprovou e foram colocadas animais que foram feitos com isopor, ferro, fibra
de vidro e pintura automotiva em tamanho original para chamar a atenção dos
visitantes e criar uma rota turística, somando com outros existentes no centro da
cidade, devidamente pesquisados antes de fazê-los e apresentados por pessoas sempre
falando a linguagem do público que visita o local, como os dois guias existentes
atualmente, devidamente treinados por Anilson Borges.
O projeto tem repercutido
positivamente tanto para o município, que tem aumentado o fluxo de visitantes, levando
diversas caravanas como a da Igreja Batista Sião de Jequié, composta de
aproximadamente sessenta pessoas de diversas idades, que visitou em 01/05/2019
a cidade de Santa Inês e com também para o seu idealizador Anilson Borges, que
tem feito palestras na UESC, UESB, onde leva as esculturas pequenas. Tem
palestras agendadas par Marília – SP e Tanque Novo – BA e divulgado na TV
Bahia no programa Conecção Bahia, no Jornal Correio da Bahia, vários Blogs,
entrevista no Museu do Ceará – PE, onde colocou algumas esculturas, no museu de
uma universidade de Pernambuco, onde tem uma escultura réplica única de um
animal.
O Paleoartista Anilson Borges,
relatou também que desenha bem e usa o rabisco antes de fazer as esculturas,
gosta de fazer outras coisas, porém esta é a sua paixão. Que este trabalho
cultural abrange a ciência, o turismo e a parte didática, bem amplo. Que tem atraído
pessoas como um rapaz que tem um museu e o convidou para ser sócio. Que tem
falado com pessoas da Argentina, galera da Califórnia, nada muito certo, contudo
todos estão de olho neste trabalho. Que gosta da interação, perguntas,
opiniões, das críticas positivas e negativas das pessoas. Que todos
pretendentes a fazer a arte tem que insistir, ser ousados e lutar. Que não é
fácil e teve muitos prejuízos fazendo escultura, vendendo e não recebendo, mas
não desistiu. Que hoje seu trabalho está sendo proveitoso e vive somente da
arte.
No término da entrevista Charles
Meira convidou o artista para conhecer o Museu Histórico de Jequié e se
possível fazer uma escultura e doar para aquela instituição e ao mesmo tempo
fazer palestras sobre o seu trabalho para escolas do nosso município.
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