Paulo Salles - técnico do Doce Mel Esporte Clube. |
O experiente técnico Paulo Salles, do Doce Mel, conversou com a reportagem do GIRO, oportunidade em que projetou o confronto contra o Olímpia, comentou a atuação do time na vitória magra sobre o PFC Cajazeiras e da chegada de novos atletas para fortalecer o grupo. Abaixo, confira toda a entrevista.
GIRO:
O Doce Mel está com 100% de aproveitamento dentro de casa. No entanto, fora de
casa, ainda não pontuou. O que você pretende fazer para mudar esse retrospecto
ruim longe de casa?
Salles: Não
me preocupa a questão de jogar em casa ou fora. Na segunda divisão requer que
você procure vencer sempre, independentemente do local. Contra o Unirb fizemos
uma grande partida, mas infelizmente o resultado não veio. O primeiro jogo fora
eu não estava presente, a equipe não era essa, então temos que procurar focar
porque sabemos que temos condições, vamos em busca do resultado, mesmo sabendo
que o Olímpia é uma grande equipe.
GIRO:
O Olímpia, próximo adversário do Doce Mel, vem fazendo uma campanha sublime:
Tem o melhor ataque e a melhor defesa. Diante de um adversário desse, cheio de
moral e confiança, como vencê-lo?
Salles: O
nível de confiança do Olímpia está muito alto, em virtude dos resultados, mas
também não é uma equipe superior a nossa. Talvez o entrosamento do time deles
esteja melhor, em função de estarem treinando a cinco, seis meses. Mas eu
acredito muito no potencial de meu grupo, e acredito que poderemos, jogando em
Pituaçu, sair com o resultado positivo.
GIRO:
Na partida contra o Cajazeiras, principalmente no primeiro tempo, a equipe
fazia muita ligação direta da defesa para o ataque, a bola não passava pelo
meio, Menso e Tiago Carnaíba, além de Mateus Souza, tiveram que brigar no alto,
na maioria das vezes, com os defensores adversários. Você atribui essa
deficiência a falta de entrosamento da equipe ou dá méritos a marcação
encaixada do Cajazeiras?
Salles: A
ligação direta vai de acordo com o gramado e a situação do jogo. Não adianta
nós pensarmos em apresentarmos um bom futebol e o resultado não vir. Lá em
Alagoinhas pressionamos bastante o adversário, tivemos quase 80% de posse de
bola, mas não fomos objetivos, e a gente joga de acordo com o campo. Em alguns
momentos realmente temos que ter a posse de bola, lógico que com objetividade,
mas em outros momentos a ligação direta também é uma filosofia de jogo. É fato
que não é bonito, mas na segunda divisão do estado da Bahia, eu que já estou há
nove finais alternadas, sete consecutivas, dos quais sete acessos em nove anos,
então tenho muita experiência sobre o que podemos fazer e aquilo que temos na
mão
GIRO:
Você está satisfeito com a estrutura e com o plantel de jogadores que a
diretoria do Doce Mel tem oferecido a comissão técnica?
Salles: Não,
temos que contratar, temos muitas coisas que podem ser melhoradas, são coisas
básicas do futebol profissional, mas isso é uma coisa interna, que eu não vou
expor de maneira alguma. Mas a diretoria está ciente, inclusive já deu o aval
para que chegue alguns jogadores, que gradativamente estão se apresentando.
Espero que no mais tardar, na outra semana, estejamos com o elenco fechado. Eu
nem diria fechado, porque o futebol é muito atípico, mas estamos na expectativa
de fechar com uns quatro a cinco atletas para estarem já treinando conosco na
próxima semana.
O
Doce Mel volta a campo na tarde do próximo domingo, 07, às 15h, no estádio de
Pituaçu, em Salvador, onde enfrentará a equipe do Olímpia, única com 100% de
aproveitamento e líder isolada. O Doce Mel ocupa a 3ª colocação com seis pontos
e segue firme na disputa. (Giro/Romário Henderson)
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