O Relógio Centenário.
Charles Meira
Na manhã de 26 de fevereiro de 2019, Charles Meira chegou cedo à casa de sua mãe Maria Letícia da Silva Meira para realizar a costumeira caminhada. Depois de abraçar e beijar a sua genitora, que estava tomando café na cozinha, foi para a sala e tirou algumas fotos do antigo e bonito relógio, que fica pendurado na parede. Charles Meira aproveitou a presença de sua tia Eulália Meira e Silva, apelidada cariosamente de Lalá, que no momento estava sentada no sofá e realizou uma rápida entrevista sobre a história daquele relógio.
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| Charles Meira, Maria Letícia e Eulália Meira e Silva (Lalá) e Miguel o neto dela. |
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| Randulfo Marques da Silva (Duca de Porto Alegre). |
Eulália Meira e Silva, nascida em 02/02/1933 no povoado de Porto Alegre, hoje distrito de Maracás – BA, filha de Randulfo Marques da Silva e neta de José Marques da Silva (Zezinho dos Laços), contou para o seu sobrinho que no ano de 1948, quando tinha 15 anos de idade e seu pai, mais conhecido por Duca de Porto Alegre, que era dono de uma venda naquela localidade, comerciante com aproximadamente 50 anos, hospedou na sua residência durante três dias seu amigo chamado Trazilo, que segundo Lalá era baixo, gordo, calvo e muito branco e trabalhava na Prefeitura de Boa Nova – BA, fiscalizando e arrecadando impostos dos comerciantes da região. No período que passava no povoado, o fiscal também efetuava compras na venda e ficou devendo para seu Duca uma quantia que não conseguiu pagar. Certa ocasião, o fiscal retornou ao povoado realizando o mesmo trabalho e trouxe um antigo relógio, dizendo ter mais de 100 anos de existência e negociou com seu Duca pela divida contraída na venda.
* Texto editado na Revista Cotoxó do mês de março de 2019.
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