quinta-feira, 18 de abril de 2019

O Pedido de Proteção


                                               Charles Meira       
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Zezinho dos Laços
           Em certa ocasião, Zezinho dos Laços, o chefe dos Rabudos, foi tomar banho no rio de Contas  que ficava próximo a sua casa, no povoado de Porto Alegre, hoje distrito de Maracás.
            Tirou a roupa, sua arma e deixou na areia. Neste dia José Marques estava sozinho.
            Enquanto se banhava, ele percebeu que um homem desconhecido aproximava na sua direção.
             Pedindo para que o desconhecido ficasse parado, rapidamente Zezinho saiu da água,  se vestiu e colocou a arma na cintura, enquanto ouvia o homem falar que queria proteção porque teria matado alguém.
             Zezinho respondeu que somente o atenderia mais tarde na sua casa. Como ficou acertado, o homem foi atendido na casa do Rabudo.
              Diferentemente do primeiro encontro, o desconhecido chegou com uma repetição papo amarelo.
             José Marques passou a interrogá-lo, querendo primeiramente saber o motivo de ele ter matado alguém.
            O homem contou que tinha matado por dinheiro, pois estava sem emprego e necessitado.
            Zezinho perguntou  se a pessoa que ele havia matado era casado e tinha filhos.
            A resposta foi afirmativa.
            O chefe dos Rabudos aumentou o tom da sua voz e falou da sua reprovação da atitude tomada pelo homem que tinha deixado uma viúva desamparada e os filhos passando privações.
             Zezinho dos Laços chamou um dos seus jagunços e ordenou que levasse o desconhecido para um determinado local e desse cabo da sua vida com a sua própria arma e fosse enterrado.
            Era de conhecimento de todos do povoado, que em outras ocasiões Zezinho deu proteção a várias pessoas, quando assim achou necessário e justo o pedido.

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