As fotos de Jussara, a música de Tom, a poesia de Fernando Pessoa, os causos&casos e a linguística de Euclides Neto, histórias e citações, vinho português, das vinhas do Porto ou do Douro, além das brasileiríssimas e ecléticas latinhas de cerveja, foram os principais ingredientes do encontro de reverência ao professor Emerson Pinto de Araújo, com a não menos relevante presença de Elias D’Ávila, Evandro Lopes e Jussara Midlej, sob o sempre inspirador talento do professor Reinaldo Pinheiro, que estava impossível na estrelada noite catingueira.


Emerson Pinto, aos 92 anos, não fosse ele, ainda em convalescença de uma irritante inflamação do nervo ciático e a sentida ausência da professora Therezinha Paranhos no ambiente, teria saltitado de felicidade. Sempre muito instigante, mesmo diante das músicas de sua paixão jobiniana, sugeria Lupiscínio, Cartola, para se contrapor ao Edu e Nara de Elias. Evandro e Jussara, escorreitos em todas as letras, cantando e acompanhando tudo.
A varanda… sempre ela… A estimular a declamação do poema de Reinaldo “Canta Passarinho”, dedicado a Jobim no dia da sua morte, a provocar as cirandas e os causos e episódios de antanho na cultura, na política e no folclore regionais. A comida árabe, irretocável, com destaque ao homus de feijão, uma adaptação de Vitória Midlej, na década de vinte no longínquo Ipiaú de todos os tempos.
Foi uma noite mágica, com algumas ausências, registradas e compreendidas. Valeu. (Revista Bahia em Foco)