sábado, 8 de setembro de 2018

Mais dois anos. E, para quem fica, tcháu.

Dilermando: a medicina ganha um craque.

Cursando este ano, e quatro anos de medicina, com dependência  Bioquímica Dilermando mostra-se disposto a demorar muito pouco jogando futebol, pois quer de dedicar inteiramente a profissão que escolheu, especializando-se  - ainda tem pequena dúvida – em cirurgia ou ortopedia.
- Futebol é bom. Mas dura pouco – é seu argumento.
Depois de levar dois meses e 15 dias treinando no Bahia, Dilermando não viu qualquer solução para o seu caso, apesar das manifestações favoráveis que recebeu. Então decidiu voltar ao Jequié para atuar durante a temporada de 71, porque há promessa de no final do contrato receber passe livre. Para isto, ele teve que vencer a barreira de dois dirigentes que não queriam admitir sua volta: Dr. Gileno Fonseca e Isidoro do Carmo.
O Dr. Gileno acabou ponderando. Quem continua contra mim é Isidoro. Mas para minha satisfação, os diretores Manoel Fonseca, Jonas Almeida, Alfredo Del Sarto e Manoel Sampaio. E mais ainda o apoio do público que torce muito para que eu volte a vestir o uniforme do Jequié, com o qual me projetei no futebol da Bahia.
Dilermando explica porque quis vir para Salvador, argüindo que estudando aqui e jogando no clube daquela cidade ficava muito dependente, isto é, não podia treinar, sua forma não chegava ao ideal.
- Por isso pensei em jogar num clube da capital, mas um grande clube. Esteve para atuar no vitória e não deu certo: no Bahia vocês sabem a estória. Diante das alternativas resolvi voltar mesmo ao Jequié, onde não tinha sequer contrato de profissional. Mas condicionei a volta a receber passe livre no final do contrato.
E acrescenta:
- ... Quem Sab? ... Talvez até resolva encerrar a carreira por lá mesmo.
Dilermando Martins Neves, é da cidade de Paramirim, de onde provém, igualmente seu companheiro Tanajura, que tantas satisfações deu o Jequié no último campeonato. Atualmente ele conta 25 anos de idade. Depois das peladas em sua terra foi jogar no Independente de Ipiaú. Como a liga de Ipiaú não era filiada, recebeu convite para defender o Flamengo de Jequié, jogando paralelamente nos dois clubes ao lado de Tanajura. Disputou os campeonatos de 67 68, deixando de participar do de 69 porque veio a Salvador fazer o vestibular para Medicina. Em Jequié defendeu a seleção em três torneios intermunicipais, aparecendo em 69 como artilheiro do certame com nove tentos.
Em 1970, com o acesso do Jequié à categoria profissional, ele e Tanajura, sempre juntos, passaram para o referido clube, onde marcou 10 tentos durante o campeonato. Tanajura que foi o artilheiro (e sempre contou com seus preciosos lançamentos) assinalou 21 gols, uma boa marca.
- Infelizmente tive que ficar dez partidas sem jogar. Mas acredito ter dado uma boa contribuição ao Jequié.

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