Tudo começou com o movimento entre internautas jequieenses, atuais moradores ou não, que engarrafaram o trânsito do aplicativo Facebook, postando e vibrando com a exposição de fotos antigas, personagens e causos de Jequié em épocas distintas. Contemporâneos se encontravam virtualmente, episódios eram relembrados… O certo é que famílias inteiras foram atraídas para o bate papo nas redes sociais e os jovens de então, hoje homens e mulheres maduros, retomavam antigas simpatias e até mesmo, pequenas rusgas e pirraças, como se tivessem regredido no tempo. Foram realmente momentos onde os fatos e as fotos retomavam lugar de destaque na memória de representantes de várias gerações.
Graças ao entusiasmo de alguns, o encontro virtual evoluiu para encontros reais, especialmente entre os jequieenses residentes em Salvador, que confraternizaram em hotéis e restaurantes, num grande congraçamento como se fora os Cotoxós dos anos sessenta.
Dessa interação surgiu um elegante e bem impresso livro “Sol, História e Encantos” que contou com a participação de cerca de cinquenta coautores, contribuindo para uma obra bastante interessante, cujas vendas, depois do resultado apurado, foram distribuídos para obras de filantropia e caridade de Jequié.
Vibrando na mesma sintonia, novos membros se associam à iniciativa do jequieense Telmo Carvalho, pediatra no Rio de Janeiro que não esquece a sua terra, para produzir um interessante documentário, sempre com registros históricos e homenagens à Cidade Sol. Outro grupo vem se reunindo na organização de um grande baile no Jequié  Tênis Clube, a “Festa de Arromba”, que certamente levará os convidados a vivenciar os anos dourados, as festas de luzes, a Bossa Nova, Ie Ie Ie, e muito Rock And R’oll, numa noite, que, promete, inesquecível.
O novo evento do grupo iniciado como “We Love Jequié”, hoje bem maior, mais eclético e mais democrático, garante que será mais uma oportunidade para repetir a mobilização dos jequieenses de todos os cantos para mais um ponto de encontro de velhos amigos.
As reviravoltas da vida distanciaram pessoas, amores fortuitos foram esquecidos, filhos cresceram, netos surgiram, até que um grupo de abnegados, envolvidos no sentimento de amor e solidariedade, resolve juntar as antigas bandas, os antigos personagens, sem descartar Jequié como protagonista de momentos tão marcantes.
Para Duda Tourinho, uma das organizadoras desde o primeiro evento, haverá um grande empenho para que os convidados adotem o tema da jovem guarda em suas roupas, gestos e entusiasmo, para que cada um leve na memória os momentos marcantes vividos na adolescência.  Já para o professor Reinaldo Pinheiro, convidado para contribuir como intermediador dos talentos que se apresentarão, solicitada algumas impressões, disparou poeticamente “Pra mim, já valeu! A festa já começou! Contatos, contratos, contraltos! Já valeu, porque Adil(son), Gil(berto), Duda dá liga! Ora, quem segura aquele que fez por amor? Gatinha toca, Extranhos, não são estranhos, são simples como um raio de sol! Pra mim, já deu certo! Mazinho é um mar de luz e som! Arco íris em pleno junho…há agosto! Haja Mércia! Comida e bebida boas! Ah! Vai ser bom! Bom? Já está! Bom demais! Bom dá paz! Só falta você, menina! Só falta você, rapaz! Chega, mais! Chega em paz!”
A festa terá a participação da banda Embalo Quatro, o som de Mazinho e a apresentação de músicos que marcaram época em Jequié, como Tonhe Gatinha, Reinaldo Pinheiro, Bené Sena, Humberto Meira, Carlos Éden, Aroldo Vieira, Roque Lui, Kleber Roriz, Valfredo Dória… e quem mais chegar.  Vale anunciar que o repertório será o mesmo de Os Extranhos, Bossa Seis, Os Ímpares, Quinta Dimensão, Capítulo V…
Reserve já a sua mesa. Vale a pena reviver momentos tão felizes! (Revista Bahia em Foco)