Professor Jorge Barros
Do
mundo nada se leva; você não leva nada de si mesmo. No ataúde (esquife), nada
mais será colocado além de um corpo frio, sombrio, silencioso e sem movimento.
Quando um corpo baixa à campa fria, as riquezas materiais deste mundo não vã
com ele. Na mortalha não será feito nenhum bolso, porque nenhuma chave irá para
o além túmulo. A vida aqui é fugaz, e um dia corresponde a um segundo; ou, quem
sabe, a um milésimo do segundo. Quantos e quantos de nossos conterrâneos só
querem acumular fortunas (riquezas materiais), enriquecer as contas bancárias e
se dedicar excessivamente às glórias passageiras deste mundo. Porém aquele dia
chegará; aquele temível dia chegará e os pegará de surpresa, e tudo será
deixado para outrem; tudo será deixado para aqueles que nenhum esforço fizeram
para ficar tão instantaneamente ricos e, não raro, poderosos, no plano dos
humanos, é claro. Recentemente, a cruel e assombrosa internet divulgou a morte
de um bilionário, aos 54 anos de idade. Muito dinheiro acumulado, muitas
riquezas ganhas, mas talvez ele não tenha vivido a vida que deveria ser vivida;
talvez ele não tenha vivido a vida com “os momentos mais significativos da
poesia da insignificância”. Agora é tarde; agora só lembranças de uma vida que
se foi. E para todas as vidas que se foram: lembrança de outras vidas, além da
vida. Portanto, viva bem todos os dias que você tem para viver. CARP DIEM. Foto
desta coluna: visita à Confeitaria Colombo, Rua Gonçalves Dias, 32, Centro, a
um passo da Rua do Ouvidor, Rio de Janeiro/Brasil, PARA UM CHÁ DAS CINCO. A
VIDA É BREVE, MAS A ARTE É ETERNA.
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