sábado, 17 de outubro de 2020

OS MUSEUS E SUA IMPORTÂNCIA

  Carlos Eden Meira

Nem toda cidade tem o privilégio de ter um museu, onde parte de sua História é contada através do seu acervo, passando a ser, obviamente um museu histórico. Os museus além de serem os guardiões da História, preservadores da arte, dos costumes e cultura de um povo, são também utilizados como espaço para realização de eventos diversos. Mas, nem todo mundo gosta de museus! Há aqueles que os consideram “um amontoado de velharias, lixo descartado pela sociedade”. Quando o jornalista Raymundo Meira, juntamente com o pessoal da ASSAM (Associação de Amigos do Museu) começaram sua difícil luta para a aquisição do belíssimo prédio onde funciona o MUSEU HISTÓRICO DE JEQUIÉ, houve quem sugerisse que o prédio deveria ser derrubado para ali construir uma praça de alimentação! Esses são os que só pensam em “encher a pança”, nunca alimentar o cérebro, composto no máximo de dois ou três neurônios.

Antigo prédio do Grupo Escolar Castro Alves, onde atualmente funciona o 

Museu Histórico de Jequié.

E há ainda, não só por aqui, mas em todo o mundo, certos cidadãos que temem os museus, pois, ali podem estar guardados jornais, fotos e documentos que contam histórias que muitos deles querem esquecer. Esses são os que querem “enterrar a História”! Felizmente, o nosso museu é bastante prestigiado por professores, estudantes, artistas, escritores, jornalistas e pesquisadores diversos que sabem aproveitar aquele local, como fonte enriquecedora em suas buscas de conhecimento e cultura. Esperamos que os gestores municipais de hoje e de sempre deem o necessário apoio ao nosso museu, ao atual competente museólogo, Antônio Varjão e demais funcionários, no que se refere à manutenção do espaço físico do prédio, e nos devidos cuidados para que sejam disponibilizados os materiais e equipamentos imprescindíveis para a preservação daquele importante espaço cultural.

São diversos os exemplos de museus que por descaso, negligência ou incompetência dos órgãos públicos responsáveis por sua segurança e manutenção, acabaram fechados, ou sofreram graves incêndios, como o Museu Nacional no Rio de Janeiro, o Museu da Língua Portuguesa em São Paulo e o Museu da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O Museu do Ipiranga em São Paulo fechou há cinco anos para reforma, por problemas de estrutura.

Nesses dias de distanciamento social provocado pela pandemia da COVID-19 seria recomendável que os órgãos municipais responsáveis pelo museu, já que não estão havendo visitas nem eventos no local, procurassem fazer reparos no prédio, evitando infiltrações de água das chuvas, além do ataque de cupins e traças ao acervo. Temos esperança na sensibilidade e compreensão dos administradores municipais, que certamente irão disponibilizar indispensáveis cuidados, para que um órgão de enorme importância como o nosso museu não venha desaparecer na poeira dos tempos...

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