Pela primeira vez sem
coligações para os pleitos proporcionais, as eleições deste ano, podem
favorecer candidaturas personalistas e partidos com capilaridade e estruturas
mais consolidadas.
Como conseqüência da mudança de
regra, o Brasil também deve assistir a uma pulverização da disputa, com número
recorde de candidaturas. Vai ser uma eleição inchada por conta do fim das
coligações, o que deve fazer com que partidos com mais estrutura, dinheiro e
mobilização de base consigam colocar mais nomes na urna do que os outros.
Nem sempre o futuro de uma eleição
federal pode ser previsto a partir da municipal. A influência da queda de
braços Bolsonaro x Lula e Rui Costa versus ACM neto pode não significar muita
coisa nas 5,5 mil cidades brasileiras e nos 417 municípios baianos.
Em Jequié a disputa para as 19
cadeiras da Câmara Municipal promete ser acirrada e com possibilidade de
“medalhões” caírem se realmente nas urnas reverberar o pensamento da população
que não anda nada satisfeita com a postura de alguns vereadores. Se o reclame é
quase geral, a mudança pode ser um sinal de que a capacidade da sociedade
evoluiu ou permanece sobre o acoite do coronelismo e troca de favores. O
exemplo serve também para a prefeitura municipal.
A Câmara de Jequié é formada na
maioria por vereadores que prosseguiram de 4 em 4 anos com sua cadeira “cativa”
sem muito esforço. Na sua quase totalidade é constituída por edis de 2, 3, 4 ou
mais mandatos, salvo alguns que ocuparam pela primeira vez. E em 2020 como
será? Alguns caíram no comodismo e o reflexo não tem sido dos melhores. O povo
tem sido representado? A resposta virá das urnas.
Na decisão para o cargo
de vereador na eleição municipal de 2016, foram
eleitos 19 vereadores com um total de 77 454 votos válidos. O
Tribunal Superior Eleitoral contabilizou 1 977 votos em branco e 6
995 votos nulos. De um total de 109 523 eleitores aptos, 23 097
(21.09%) não compareceram às urnas. (Marcos Cangussu)
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