segunda-feira, 9 de março de 2020

Disputa pelas 19 cadeiras da Câmara de Jequié promete ser competitiva e medalhões podem ficar de fora


Pela primeira vez sem coligações para os pleitos proporcionais, as eleições deste ano, podem favorecer candidaturas personalistas e partidos com capilaridade e estruturas mais consolidadas.
Como conseqüência da mudança de regra, o Brasil também deve assistir a uma pulverização da disputa, com número recorde de candidaturas. Vai ser uma eleição inchada por conta do fim das coligações, o que deve fazer com que partidos com mais estrutura, dinheiro e mobilização de base consigam colocar mais nomes na urna do que os outros.
Nem sempre o futuro de uma eleição federal pode ser previsto a partir da municipal. A influência da queda de braços Bolsonaro x Lula e Rui Costa versus ACM neto pode não significar muita coisa nas 5,5 mil cidades brasileiras e nos 417 municípios baianos.
Em Jequié a disputa para as 19 cadeiras da Câmara Municipal promete ser acirrada e com possibilidade de “medalhões” caírem se realmente nas urnas reverberar o pensamento da população que não anda nada satisfeita com a postura de alguns vereadores. Se o reclame é quase geral, a mudança pode ser um sinal de que a capacidade da sociedade evoluiu ou permanece sobre o acoite do coronelismo e troca de favores. O exemplo serve também para a prefeitura municipal.
A Câmara de Jequié é formada na maioria por vereadores que prosseguiram de 4 em 4 anos com sua cadeira “cativa” sem muito esforço. Na sua quase totalidade é constituída por edis de 2, 3, 4 ou mais mandatos, salvo alguns que ocuparam pela primeira vez. E em 2020 como será? Alguns caíram no comodismo e o reflexo não tem sido dos melhores. O povo tem sido representado? A resposta virá das urnas.
Na decisão para o cargo de vereador na eleição municipal de 2016, foram eleitos 19 vereadores com um total de 77 454 votos válidos. O Tribunal Superior Eleitoral contabilizou 1 977 votos em branco e 6 995 votos nulos. De um total de 109 523 eleitores aptos, 23 097 (21.09%) não compareceram às urnas. (Marcos Cangussu)

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