Entre
os municípios alvos da Operação Offerus, Jequié foi a única cidade cuja
licitação fraudulenta não foi levada à frente no esquema de transporte escolar.
De acordo com a Polícia Federal, um termo de ajustamento de conduta (TAC)
firmado entre o Ministério Público da Bahia (MP-BA) e o prefeito jequieense
Sérgio da Gameleira (PSB) antecipou a efetivação da fraude no processo
licitatório.
“Durante
a licitação em Jequié, houve uma denúncia no Ministério Público do Estado da
Bahia e o MP apurou de forma a impedir que a licitação continuasse. O que foi
identificado no município de Jequié foi que a pessoa contratada para prestar
consultoria em licitação e estaria conduzindo o pregão era de fato preposto da
empresa. E ele já tinha inabilitado todas as empresas e deixado só as empresas
das quais ele era preposto como habilitada a continuar no certame”, detalhou a
delegada Luciana Caires.
Por
meio do TAC, a prefeitura de Jequié reconheceu a fraude na licitação e acabou
suspendendo o certame. No entanto, informações obtidas pela investigação da PF
apontam que o prefeito Sérgio da Gameleira participou de reuniões para tratar
do recebimento de propinas.
“Apesar
da licitação não ter ido adiante, nós temos a gravação de uma reunião ocorrida
entre o prefeito [de Jequié] e secretários municipais e o empresário onde todos
eles combinam como é que essa situação vai se resolver. O prefeito fala ‘eu garanto
que essa situação vai se resolver’, para o empresário. [O prefeito diz] ‘Você
contribuiu muito no nosso momento de dificuldade’. Acredito que ele se refira à
campanha. Nessa reunião eles fazem o acerto de como isso vai se resolver para
frente”, relatou a delegada (Fonte: Bahia Notícias)
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