quarta-feira, 4 de julho de 2018

CICLONES DE LUZ

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Carlos Eden Meira


Dancemos.
Dancemos todos
A ciranda de roda e da rosa,
Que haveremos de amar até morrer.

Fiquemos tontos
E tantos, a girar no vórtice
Destes ciclones de luz,
Que dos teus olhos emanam
E iluminam nosso infinito sonhar.

Cantemos.
Cantemos todos,
A canção imortal dos grandes poetas
Maravilhosamente loucos,
De cuja insanidade
Provém essa luz cósmica
Que nos consome

No fogo das paixões,
No desespero atroz
De apenas impedir,
Que a tristeza assuma
Nossas pobres almas.

Bebamos.
Bebamos todos,
No doce-amargo cálice,
De onde “veritamos” verdades
Jamais sobriamente alcançadas.

Convidemos.
Convidemos pois,
A entrar nessa roda-viva,
Os que vivem em busca dos sonhos,
Estes cujas presenças nos tornam mais lúcidos,
Dignificados e solidários.

E dancemos.
Dancemos todos,
A marcha triunfal dos loucos,
Mendigos, bêbados, prostitutas,
Artistas e poetas, malditos e benditos,
Desesperados guardiões das portas
Do eterno sonhar.

(Carlos Eden Meira  - 17-10-06) 

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