quarta-feira, 27 de junho de 2018

Sarau da Onça recebe cem poetas das quebradas para lançar livro



A obra “Poéticas periféricas: novas vozes da poesia soteropolitana” reúne textos de poetas e poetisas da periferia de Salvador-BA e será lançada no dia 07 de julho de 2018 (sábado), a partir das 18hs, no Sarau da Onça, no Anfiteatro Abdias Nascimento, à Rua Albino Fernandes, 50-C, Novo Horizonte/Sussuarana, em Salvador-BA.
Programação
07.07.2018 (sábado)
18:00 às 18:40hs - Banda Zimoblack
18:40 às 19:00hs – Falas institucionais: Renata Dias (Diretora da Funceb), Tia Má (orelha do livro), Geilson dos Reis e Dhay Borges (prefaciadores)
19:00 às 20:30hs - Microfone aberto para poetas do livro
20:30 às 21:00hs – Autógrafos e Banda Zimoblack
Poéticas periféricas - Composto por cerca de 100 poemas, o livro é resultado do trabalho coletivo de vários protagonistas de saraus, slams, grupos e coletivos de artistas da palavra, que representam quase 3 milhões de vozes da capital baiana. Registra parte da produção literária de Salvador e traz denúncias contra o genocídio da juventude negra e periférica, racismo, homofobia, racismo religioso, machismo e todas as opressões. E também tem poemas de amor, sonhos e alegria. A publicação pretende dar visibilidade, proporcionar a compilação de poemas para fontes de pesquisas, além de valorizar o movimento de leitura e escrita, bem como fortalecer políticas de formação de leitores e facilitar o acesso à produção poética da periferia para os interessados. Além disso, o projeto é um instrumento de estímulo à criação poética para fortalecer o trabalho em grupo já realizado pelos diversos coletivos. A publicação deve facilitar a circulação da produção poética através dos saraus e slams e fomentar o mercado editorial local.
O Calendário das Artes propicia o financiamento de pequenos projetos e sua importância é fundamental. Para o jornalista e poeta Valdeck Almeida de Jesus, “As políticas públicas relativas a cultura, sejam dos governos federal, estadual ou municipal, são, na sua gênese e nas bases legais, acessíveis a todas e todos, de forma democrática e universal. Entretanto, o financiamento, devido a uma série de fatores, como complexidade dos grandes editais, burocracia inerente por exigência legal, total de dinheiro investido que nem sempre é o suficiente para todas as demandas, dentre outros aspectos, nem sempre consegue chegar nos poetas de rua, das periferias. Afinal, são centenas ou milhares de projetos inscritos, muitos deles por pessoas ou grupos já experientes, o que acaba dificultando o acesso a pequenos coletivos que, na sua maioria, está envolvida completamente fazendo malabarismos para manter as atividades, não sobrando tempo para se habilitarem e concorrerem em editais”. (Valdeck – poeta.baiano@gmail.com)

Nenhum comentário:

Postar um comentário