No mês de outubro de 1993, iniciei uma grande batalha para a realização
de mais um trabalho, visando à divulgação do evangelho. O repertório foi o mais
fácil, pois tínhamos um grande número de composições para escolhermos as
melhores. Um grande amigo e irmão em Cristo, Agamenon Brito, participa deste
disco com várias músicas de sua autoria. Uma grata revelação; um excelente
compositor. A parte financeira foi sempre a mais difícil. E para conseguir o
dinheiro necessário para a gravação, realizei uma campanha nas igrejas,
cantando e vendendo os discos anteriores pelo preço de custo. Tomei também
empréstimo na empresa que trabalhava e com esse montante em dinheiro,
negociamos com a gravadora Estação do Som, em Recife a parte referente ao
estúdio. Foi marcado para 03/01/94 o começo da gravação. Faltando 15 dias para
a viagem contrai uma forte gripe. Foi uma luta para me curar. No dia combinado
estava em Recife, mesmo sem perfeitas condições para cantar. Noites de aflições
passei no quarto do hotel, pedia em oração ao Senhor que tivesse compaixão do
seu servo e permitisse a realização do disco, assim como nos fizera outros. No
dia de colocar a voz estava muito nervoso, gravei cinco músicas e tivemos que
parar a gravação, pois estava bastante rouco. Deixamos para terminar no dia
seguinte. Novamente o dilema. Voltei a falar com o Senhor em oração. Pedindo a
cura para minha garganta, consentindo o término do trabalho. Com a aprovação de
Deus, conseguimos gravar as músicas que faltavam. No dia 12 de janeiro de 1994
enviei para a Fonopress, em São Paulo a fita para fazer o disco. Um fato que
merece registro – Fiz um pedido de ajuda financeira ao Sr. Lomanto Júnior,
prefeito de Jequié na época, para a gravação. Como a prefeitura nunca tinha
concedido esse tipo de colaboração, foi preciso consultar o Tribunal de Contas
do Município, da possibilidade do pedido ser ou não atendido. Quando retornei
de encontrei o secretário do prefeito meu amigo Josué Fonseca, o qual disse ter
uma resposta da minha solicitação. No outro dia estive no seu gabinete e ele me
falou que o prefeito não tinha conseguido a quantia desejada, mas tinha
autorizado a doação de trezentos mil cruzeiros reais. Impressionante é que
pelas minhas contas estava faltando essa quantia para pagar as dívidas restantes.
Tudo corria bem com a fabricação dos discos. As capas ficaram pontas e o Sr.
Arnaldo pediu o envio do pagamento. Esse compromisso foi pago com o patrocínio conseguido
com três irmãos comerciantes. Certo dia o Sr. Arnaldo me ligou dizendo que as
fortes chuvas em São Paulo tinham inundado a fábrica e que o prazo de entrega
dos discos estava comprometido. Passados alguns dias, outro telefonema do Sr,
Arnaldo comunicando que infelizmente tinha acontecido o pior; a fábrica tinha
falido. Fiquei muito triste e desabafei com o pastor Júlio de Santana, contando
o que tinha ocorrido. O problema foi levado aos irmãos da igreja e passamos
juntos a orar a Deus pedindo uma solução. Com poucos dias as orações foram
atendidas, os proprietários da fábrica tinha negociado com outra firma do mesmo
ramo, a BMG Ariola. A prensagem dos discos. Mas tudo ocorreu lentamente nos
deixando por demais apreensivos. Nessa altura já tinha liquidado os meus
compromissos com a Fonopress. Telefonemas eram dados diariamente para São
Paulo, mas nada resolvia. Estava quase certa a minha ida para negociar com eles
pessoalmente. No dia 10.05.94, o Sr Arnaldo ligou avisando que os discos
estavam prontos. Como Egileno Nunes, irmão nosso da igreja estava em São Paulo,
pedimos para ele trazer os Lps. Depois de todos os problemas, faltando cinco
dias para o lançamento, fiquei gripado novamente. Eu estava completamente rouco
e pensava até dublar as músicas se não recuperasse a tempo. Deus operou grande
mente e fui curado durante o dia durante o dia do lançamento; um milagre do
Senhor. Às dez horas do dia 23.05.94, Egileno chegou com os discos e às vinte
horas aconteceu a festa de lançamento do LP Súplica, na Igreja Batista de
Jequiezinho. A abertura foi feita pelo grupo teatral U.R.I, com uma
coreografia, enquanto eu cantava. O Espírito Santo atuou poderosamente quando
apresentava as canções. Desde o início colocamos nas mãos do nosso Deus a
continuação do Seu trabalho. Unicamente pela fé nEle, continuo cantando Sua
palavra. Obrigado Senhor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário