domingo, 26 de novembro de 2017

ASSIM VENCEM OS TIRANOS

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Por Carlos Eden Meira

Não sendo nenhum versado em História, muito menos em Filosofia ou coisas semelhantes, mas, tendo aprendido um pouco ao longo da minha vida, lendo sobre o passado histórico da Humanidade e vivendo alguns momentos importantes da História Contemporânea, os quais, desde a infância, marcaram minha formação de cidadão, vi rolarem diante dos meus olhos, acontecimentos políticos mais ou menos traumáticos, (é claro, já que a maior parte deles eu soube através da imprensa), e que o Brasil felizmente, nunca sofreu um ataque tipo Hiroshima, nem foi invadido por nenhum Hitler e seus asseclas. Entretanto, tivemos ditaduras cruéis, uma delas imposta pela famigerada “guerra fria”, gerada pelo capitalismo imperialista dos EUA e de seus adversários, representada também, pelo expansionismo comunista da URSS. Eu era apenas um adolescente quando deram o golpe de 1964 para “moralizar” o País.
Entretanto, a falência dos valores democrático/republicanos, a decadência institucional e ideológica da esquerda, todas contaminadas pela corrupção que o poder lhes proporciona, causando promiscuidade entre o crime organizado e os poderes da República (no nosso caso), levaram enorme parte das pessoas a perder o respeito pelas instituições ditas livres, o que consequentemente, poderia levar ao caos institucional, à violência absoluta, à busca pela justiça pelas próprias mãos. Seria uma “Revolução Francesa” reeditada.
Porém, grupos radicais de direita já se preparam para “salvar a pátria”, usando suas oportunas razões, para, justificando a incompetência ou conveniência dos nossos políticos, porem em prática uma operação, cujo objetivo seria usar com irrestrito apoio da classe média, grupos radicais violentos, dos quais são alvos os políticos corruptos, os assaltantes, os sequestradores, os cruéis bandidos assassinos cada vez mais odiados pela população, o que para muitos se justifica, já que tais indivíduos visam apenas enriquecer, pouco importa os meios cruéis usados para alcançar seus objetivos.
Infelizmente, não somente os bandidos, mas, equivocadamente ou por questões ideológicas, também os homossexuais, negros, índios, intelectuais e artistas, ou quaisquer outras minorias consideradas por eles como “indesejáveis”, são, injustamente alvos desses novos “salvadores da pátria”, podendo surgir desse meio, um novo tirano. Isto ocorreu na Alemanha, pós-Primeira Guerra Mundial, o que resultou naquele horror de Adolf Hitler, o holocausto dos judeus, e na carnificina indescritível gerada durante a Segunda Guerra Mundial. Tenho ouvido de pessoas cultas, conscientes dos horrores acima citados, mas que, assombradas com a violência urbana, com a corrupção crescente e com a falta de alternativas, ainda acham necessárias as intervenções do totalitarismo (de esquerda ou de direita, conforme a ideologia de cada uma delas), para deter o galopante avanço do crime organizado aliado aos hipócritas, larápios insensíveis, criminosos safados, que abusam da democracia para se posicionarem como “representantes do povo”, nas câmaras e assembléias que ocupam. Isto é terrivelmente preocupante.

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